CBB Live: Magic Paula fala sobre a gestão da CBB e sintonia com Hortência


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A CBB Live desta terça-feira, 7 de abril, foi com a ídolo e ex-jogadora Magic Paula. Em conversa de uma hora no Instagram da Confederação Brasileira de Basketball, Paula falou sobre a carreira, relembrou a sintonia com Hortência, a importância das outras meninas no título mundial de 1994 e que não sente falta das quadras. Paula também comentou sobre a proximidade com a atual gestão da CBB, elogiando a coragem do ex-jogador e hoje presidente Guy Peixoto Jr de assumir a instituição em um momento complicado.


Foto: Divulgação.jpg

Paula é uma das maiores jogadoras da história do basquete feminino. Foi campeã mundial com o Brasil em 1994 e medalhista olímpica em Atlanta 1996. Quatro anos depois, em Sydney 2000, ela esteve na Austrália, mas como comentarista pelo SporTV. Durante o papo, Paula também lembrou como foi retornar para o país alguns anos após o título mundial.

Eu acho muito errado quem coloca comparação entre as duas, quem era melhor. Nós nos completávamos. Cada uma tinha uma característica e juntas funcionávamos muito bem juntas. Jogamos tanto tempo juntas que nos entendíamos no olhar. Uma já sabia o que a outra iria fazer. E tenho até uma história engraçada em cima disso. A Hortência estava se separando, eu não sabia, encontrei com ela em um lugar e quando a vi, já perguntei: "O que está errado?". E ela falou: "Você é f... mesmo, estou me separando".

Não tenho essa sensação. Desde que parei de jogar, assisti aos jogos de basquete realmente como uma pessoa comum, sem ficar com esse sentimento de querer estar ali. Eu acredito que encerrei na hora certa, realmente deixando tudo na minha carreira. A carreira é muito desgastante, viagens, concentração, longe das pessoas, abdicando da vida. Então, por isso também não quis ser técnica, não quis estar ali no dia a dia de uma equipe.


Foto: Divulgação/FIBA.jpg

Estou mais próxima dessa gestão do que das anteriores. Porque é uma gestão que eu concordo muito mais com a forma que as coisas estão acontecendo. Mas é uma gestão de apagar incêndio, até porque as gestões anteriores, ninguém sabe onde foi parar o dinheiro, o que foi feito. E eu não concordava com isso. Eu admiro demais o Guy Peixoto Jr pela coragem de assumir a CBB em um momento complicado, de perda de credibilidade, sem tantos recurso, precisando de apoio do COB, da Lei Piva, do CBC. E o Guy, eu tenho certeza, aceitou isso por não precisar e por querer ajudar o basquete realmente.

Foi um momento muito especial. Onde todas as meninas fizeram a diferença, cada uma ajudando da sua forma. Não começamos bem. A primeira fase, quase não nos classificamos. Mas o time foi crescendo, ganhando, e fomos melhorando demais até o título. São lembranças muito legais. No ano passado, fizemos a festa dos 25 anos do título, em São Roque, no hotel onde nos concentramos antes da viagem. E foi muito bacana. O troféu lá. E seis anos depois, em 2000, voltei na Austrália como comentarista do SporTV para a Olimpíada. Os australianos são muito carinhosos e calorosos com a gente. Foi especial.

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