Com grande atuação do banco de reservas, Brasil bate a China de virada por 90 a 84


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Foi suado, de virada, mas o Brasil estreou com vitória em território chinês. Em um jogo quente e que nada teve de amistoso, o time de Aleksandar Petrovic mostrou poder de reação, saiu de uma desvantagem que chegou a ser de 12 pontos no último período e virou para cima dos donos da casa. Com grandes atuações de Yago, Benite, Leandrinho e Cristiano Felício, todos vindos do banco, a Seleção Brasileira bateu a China por 90 a 84 (42 a 43), nesta sexta-feira (23), na Arena Guangzhou, e começou sua reta final de preparação para a Copa do Mundo com a mão direita. Os dois países voltam a se enfrentar no domingo, na cidade de Wuhan, às 8h30 (horário de Brasília).

Liderado por Guo A.L, que anotou 10 dos 12 primeiros pontos da China, os donos da casa começaram o jogo pressionando o Brasil e rapidamente abriram oito pontos de vantagem. Alex recebeu um tostão na coxa e deu lugar a Benite. O camisa oito marcou logo no seu primeiro ataque e diminuiu a diferença para seis. O armador Guo A.L. continuava levando a melhor sobre a defesa brasileira, e a diferença aumentou para 10 a 4'22 do fim do primeiro quarto.

As bolas de três da Seleção não caíam, e a reação só veio com as entradas de Yago e Felício. E foi justamente com um arremesso de três do armador do Paulistano e outros dois pontos do pivô do Chicago Bulls que o Brasil chegou à igualdade.

A primeira liderança brasileira na partida veio com dois lances livres de Benite. Com uma bola de três, Caboclo pôs o Brasil cinco pontos à frente. A Seleção teve duas chances para ampliar o marcador, mas esbarrou em seus próprios erros e permitiu que a China deixasse tudo igual com os pivôs Yi Jiulian e Zhou Q. Mas o time de Petrovic voltou a ficar em vantagem com uma jogada de três pontos de Benite. Com Guo A.L. de volta, os chineses cresceram no jogo e fizeram 33 a 32 a quatro minutos do fim do segundo período. A vantagem pulou pra três com Fang S. Se Guo seguia com a mão quente para os donos da casa, Felício parecia imparável dentro do garrafão. Com oito pontos seguidos do camisa 6, o time de Petrovic chegou ao empate e virou num contra-ataque finalizado por Benite. Ainda restavam 11 segundos para o intervalo, e, com uma bola de três de Yi Jiulian, a China fez 43 a 42 no estouro do cronômetro.

Do quinteto inicial, apenas Huertas, Didi e Varejão começaram o segundo tempo entre os titulares. Marquinhos e Leandrinho substituíram Caboclo e Didi, respectivamente. E foi justamente com dois pontos de cada que o Brasil retomou a dianteira. Mas Yi Jiulian recolocou os donos da casa em vantagem com um chute de três. Jiulian estava com a mão quente e anotou mais três. Mas para sorte da Seleção, o camisa 11 fez sua terceira falta e foi para o banco.

Depois de uma confusão entre Huertas e Guo, que resultou numa falta antidesportiva contra o brasileiro, a vantagem chinesa pulou para 12. Petrovic pediu tempo e voltou quase com a mesma formação que terminou o primeiro tempo. Marquinhos deu lugar a Caboclo. Liderado por Benite e Leandrinho, a Seleção reagiu e diminuiu o prejuízo para apenas seis pontos ao fim do terceiro período.

A Seleção voltou para os 10 minutos finais com atitude. Com uma defesa agressiva, o time brasileiro roubou duas bolas, anotou sete pontos seguidos em menos de dois minutos e virou o jogo a 8'51 do fim. As bolas de três da China seguiam machucando o Brasil. Desta vez com Fang S. Leandrinho deu o troca na mesma moeda, e a liderança mudava de lado a todo instante. Mas com uma marcação agressiva e um contra-ataque mortal, o Brasil conseguiu uma corrida de 7 a 0 e abriu 80 a 73 a pouco mais de três minutos do fim.

A torcida chinesa tentava empurrar, mas o ataque brasileiro era frio e não errava. Se no primeiro quarto as bolas de três teimavam em não cair, no último período era uma atrás da outra. Primeiro com Benite, cestinha do jogo com 23 pontos, depois com Caboclo, e a diferença chegou a 11 a 1'48 do término da partida. Os chineses até tentaram uma reação nos dois minutos finais, mas a Seleção mostrou maturidade de sobra para administrar o resultado.

- Nós tivemos alguns momentos de desconcentração, principalmente no terceiro período, o que permitiu à seleção chinesa abrir uma vantagem de 12 pontos, mas graças ao nosso banco, e hoje eu destaco o Yago que entrou muito bem, mudando o ritmo do jogo, conseguimos essa importante vitória contra um adversário muito difícil -, avaliou o técnico Aleksandar Petrovic.

- Durante a fase de trreinamentos o time sempre busca diferentes situações para aprender em diferentes momentos do jogo. Hoje foi interessante porque a equipe ficou atrás do marcador, jogando contra uma equipe muito aguerrida, com um jogador que estava muito quente na partida, então essa recuperação, essa vontade, essa união para voltarmos na partida depois de ficarmos 12 pontos atrás mostra o caráter do time. Acho que foi mais um teste muito interessante e agora é tentar no próximo amistoso não ter esses desequilíbrios que tivemos hoje - destacou o ala/armador Vitor Benite.

- Foi um grande jogo, contra uma grande seleção jogando em casa, não começamos bem o jogo, mas conseguimos recuperar, o que mostra a nossa evolução e o poder de reação da equipe - afirmou o armador Yago.

- Foi um jogo tenso, pegado, mas no segundo tempo o Petrovic teve uma conversa séria com a gente, voltamos com uma outra atitude e isso nos deu a vitória. Lógico que o jogo ficou bem truncado, bastante físico, mas quem entrou do banco deu conta do recado. Temos 12 jogadores, não tem titular ou reserva. Agora é focar nessa reta final de preparação para chegarmos bem na Copa do Mundo -, finalizou o ala Leandrinho.

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