Campeões da NBA, Leandrinho e Varejão recebem o carinho dos fãs estrangeiros


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Foto: Divulgação/CBB.jpg

Se durante os treinos na cidade goiana de Anápolis os holofotes ficaram quase todos em cima dos jovens Didi, Bruno Caboclo e Cristiano Felício, fora do Brasil o interesse de torcedores e jornalistas tem sido por rostos bem mais conhecidos dos públicos locais. Com carreiras longas e consolidadas na NBA, os experientes Anderson Varejão e Leandrinho Barbosa têm chamado a atenção desde o Torneio de Lyon, na França.

Se antes e depois das partidas contra Argentina, França e Montenegro foram eles os escolhidos para tirar fotos e dar autógrafos, desde que desembarcaram em solo chinês na última segunda-feira a rotina tem sido a mesma. Às vésperas de disputarem a quinta Copa do Mundo de suas carreiras, as principais estrelas do time comandado por Aleksandar Petrovic não têm tido sossego.

Seja nos aeroportos, nos treinos e, principalmente, nos jogos, Leandrinho e Varejão são cercados e quase sempre os últimos a conseguirem chegar ao vestiário ou entrarem no ônibus que faz o transporte da delegação brasileira para cima e para baixo.

Mas o que para alguns atletas e muitos famosos pode parecer perturbador, para os campeões da NBA com o Golden State Warriors é mais do que natural. Simpáticos e solícitos com cada um que se aproxima, eles esbanjam paciência e atendem um por um com um sorriso no rosto.

- Esse carinho que recebemos é por tudo que fizemos jogando basquete, tanto no Brasil como na NBA, acredito até mais na Liga Americana, pois é um basquete muito visto na China. Não que o brasileiro não seja, mas a audiência da NBA é muito maior aqui. Eles nos acompanharam nesses anos todos que vivemos e jogamos lá e receber esse carinho é muito gratificante para todos nós. Fico muito feliz e tento retribuir dando o máximo de atenção que posso agora que estou perto deles. É um sentimento recíproco - afirmou Leandrinho.

Reverenciado por diversos funcionários da Arena Wuhan após o treino deste sábado, Leandrinho está na sua terceira passagem pela China. Presente num jogo beneficente organizado pelo ex-jogador e ídolo do Houston Rockets, além de atual presidente da Associação Chinesa de Basquete, Yao Ming, e então jogador do Phoenix Suns durante uma pré-temporada da franquia do Arizona pelo país asiático, o ala do Minas Tênis encara esse assédio com naturalidade mesmo tão longe de casa.

- Aqui não me surpreende pelo fato de o basquete ser o número um e uma modalidade muito forte. O país inteiro está seguindo a seleção da China e acaba que esse assédio se torna uma coisa natural. É minha terceira vez na China e sempre foi assim - disse o camisa 19 da Seleção.

Se o povo europeu é mais frio e espera o melhor momento para chegar, o chinês é diferente e tem um jeito todo peculiar de aproximação. Com um sorriso escancarado no rosto e o hábito de tocar nas pessoas, eles chegam em bando e de maneira inesperada. Em Guangzhou, por exemplo, foi comum a presença de inúmeros jovens diariamente entre a porta do elevador e o corredor que dava acesso ao restaurante em busca de um autógrafo ou uma simples fotografia.

Campeões de audiência por onde passam com o uniforme da Seleção, Leandrinho e Varejão foram os únicos procurados pela imprensa local na véspera da vitória de ontem sobre a China por 90 a 84, em Guangzhou, no primeiro dos dois amistosos entre os dois países.

Um de cada vez, eles foram cercados por dezenas de repórteres e cinegrafistas que literalmente passaram a limpo suas carreiras.

- Acho que esse interesse tem muito a ver com a NBA, eles acompanham muito os times de lá e acabam se sentido mais próximos, como se já nos conhecessem. Joguei na NBA por 13 anos e isso faz com que queiram uma foto ou um autógrafo. Foram muitas temporadas com o Cleveland, do Lebron, e quase dois anos com os Warriors, do Stephen (Curry), eram times que estavam sempre em evidência por causa desses caras, então acaba que por tabela eu também estava lá - recordou Varejão.

Embora nem sempre a abordagem venha no momento mais adequado, o pivô de 2,11, ao contrário do eterno companheiro de Seleção, ainda se mostra surpreso com tamanho assédio depois de tanto tempo defendendo o Brasil.

- É muito bacana, legal, mas em algumas ocasiões, não que seja ruim, mas acaba sendo um pouco chato porque o momento não é apropriado. Às vezes eles pedem um autógrafo quando estamos almoçando ou no meio de uma garfada (risos), mas entendemos que é um tempo curto que passamos pelo lugar e eles querem aproveitar a oportunidade para tirar uma foto ou pedir um autógrafo. Às vezes ainda me surpreendo um pouco pelo tempo que isso vem acontecendo, mas por outro lado acaba sendo normal e é gratificante. Nós entendemos e sempre procuramos retribuir com o máximo de atenção e carinho que podemos - destacou Anderson.


Foto: Divulgação/CBB.jpg

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