Com Rafa Luz de volta, Seleção Brasileira joga bem três quartos, relaxa no final, mas vence segundo amistoso contra a China


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Depois de uma vitória suada e conquistada no coração, na última sexta-feira (23), em Guangzhou, a Seleção Brasileira Masculina voltou a derrotar os anfitriões da Copa do Mundo, neste domingo (25), no Centro Esportivo de Wuhan lotado. Desta vez com fortes emoções no último período. Sem Didi, poupado, e Alex Garcia, que ficará de cinco a sete dias fora de ação devido a uma contratura na coxa esquerda, o time de Aleksandar Petrovic contou com o retorno de Rafa Luz. Recuperado de um entorse no tornozelo esquerdo, o armador do Murcia jogou bem, anotou 10 pontos e ajudou o Brasil a segurar a vantagem nos minutos finais e bater a China por 73 a 70 (43 a 32), no segundo amistoso entre as duas seleções.

Com Rafa Luz de volta, mas sem Didi, poupado, e Alex, se recuperando de uma pancada na coxa esquerda, a Seleção começou com uma formação bem diferente em relação aos amistosos anteriores. Mas ao contrário da partida de sexta-feira, quando os chineses foram muito superiores nos cinco minutos iniciais, o Brasil começou mais ligado e dominou o período. Bem mais agressivo defensivamente e com Marquinhos quente nas bolas de três - foram duas em duas -, e com Rafa cem por cento nos arremessos de quadra, o time de Petrovic venceu o primeiro quarto por 22 a 17.

Além de Caboclo e Felício, que entraram ainda no fim do primeiro quarto, Benite, Leandrinho e Yago também vieram para o jogo. Mesmo com tantas mudanças o ritmo não caiu e a diferença chegou a sete pontos depois de uma bola de três de Benite e um contra-ataque finalizado por Leandrinho. Os chineses até deram o troco num chute de três de Fang Shuo, mas a marcação brasileira era implacável, e os chineses passaram cinco ataques sem marcar. Já a Seleção pontuava naturalmente, e a diferença chegou a 11 ao fim do primeiro tempo.

O Brasil voltou do intervalo sufocando o time chinês e aumentou a diferença para 13 logo no primeiro arremesso do segundo tempo. O placar só não ficou ainda mais elástico porque a Seleção desperdiçou quatro lance livres seguidos. Os chineses se aproveitaram e cortaram o prejuízo para apenas seis pontos antes da metade do período.

Depois de quase dois minutos sem mexer no placar, o Brasil voltou a pontuar com Leandrinho. Os donos da casa ainda conseguiram manter o jogo equilibrado por algum tempo, mas foi só a defesa brasileira voltar a funcionar que a diferença pulou para 17 pontos ao fim do terceiro quarto.

A China voltou para o último período sem nada a perder e com quatro pontos seguidos diminuiu a diferença pra 13 pontos. Mas uma enterrada de Cristiano Felício na cara de Ren Junfei freou a reação dos donos da casa. Só que uma bola de três de Fung Shuo cortou o prejuízo para oito e colocou fogo no jogo novamente. Com outra cravada, Felício calou o Centro Esportivo de Wuhan, mas duas bolas de três seguidas de Zhao Rui e Fung Shuo recolocaram a China no jogo.

Petrovic parou o jogo e quebrou o ritmo chinês. Se o ataque brasileiro não tinha o mesmo aproveitamento do fim do terceiro período, Felício seguia dominante. Desta vez com um toco sensacional que proporcionou um contra-ataque concluído por Rafa Luz. O jogo que parecia decisivo, ganhou emoção nos minutos finais. Principalmente graças às bolas de três do time chinês.

"Foram apenas 25 minutos de um ótimo jogo, mas no último período nós diminuímos o ritmo e permitimos que a China voltasse para a partida. A sete dias de começar a Copa do Mundo temos que recuperar alguns jogadores e corrigir os últimos erros para estarmos todos juntos no próximo domingo", avaliou o técnico Aleksandar Petrovic.

"A gente começou o jogo bem, melhor do que no amistoso anterior, conseguimos abrir uma boa vantagem no terceiro quarto, fomos administrando, mas aí nos descontrolamos um pouco e eles acabaram voltando no jogo, mas felizmente conseguimos executar algumas jogadas no final que nos deram a possibilidade de sair com a vitória", afirmou o pivô Cristiano Felício.

"Muito bom poder estar de volta e ajudar os companheiros, infelizmente a recuperação da lesão no tornozelo demorou um pouco mais do que o esperado, mas agora já são águas passadas. Foi um jogo intenso, alguns jogadores foram poupados por lesão, então quem não estava jogando muito hoje teve oportunidade. Foi uma experiência legal, principalmente para os mais jovens aprenderem a lidar com situações complicadas. Com certeza no Mundial também teremos momentos ruins durante as partidas e fica essa lição. Vamos chegar mentalmente fortes no Mundial", finalizou o armador Rafa Luz.

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