Luto: basquete brasileiro perde o gigante Gerson Victalino, aos 60 anos


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O basquete brasileiro perdeu um gigante nesta quarta-feira, 29 de abril. Gerson Victalino, jogador que mais vezes vestiu a camisa da Seleção Brasileira, faleceu na madrugada, em Minas Gerais, vítima da Esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença que o ex-jogador lutava contra há alguns anos. Querido por todos na comunidade do basquete, Gerson era um gentleman e nos deixa aos 60 anos. Como sempre fez em quadra, nunca se entregou e fazia planos para os próximos anos. A Confederação Brasileira de Basketball agradece mais uma vez pelo amor com que Gerson se entregava ao esporte e por todos os anos defendendo a camisa do Brasil. Força aos familiares e nossos pêsames.


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Gerson começou no basquete aos 18 anos, mas primeiro se destacou no futebol por conta de sua altura. Fez sua estreia como profissional em 1979, pelo Ginástico, em Minas Gerais. Em 1981, atuou pela primeira vez na Seleção Brasileira, no Sul-Americano, sob comando de Claudio Mortari, anotando sete pontos na vitória sobre o Chile por 100 a 43, em Montevidéu, e desde então fez uma carreira linda com nosso manto, sendo o atleta que mais vezes vestiu a camisa do Brasil, se despedindo na Olimpíada de 1992, no jogo que decidiu o quinto lugar para o país diante da Austrália, com 14 pontos. Entre Olimpíadas, Mundiais, Copas Américas, Sul-Americanos e Jogos Pan-Americanos, Gérson fez 93 partidas em torneios FIBA pela Seleção Brasileira.

O ex-atleta defendeu Monte Líbano, Corinthians, Lençóis Paulista, Jales, Manresa-ESP, Sport-PE e Remo, onde se aposentou em 2002. Pelo Brasil, Gerson esteve em quadra no título do inesquecível Pan de Indianapólis 1987, diante dos Estados Unidos. Ainda jogou três Olimpíadas, em Los Angeles 1984, Seul 1988 e Barcelon 1992. Vestiu a camisa do Brasil de 1981 a 1994.


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Em 2020, Gerson Victalino foi homenageado pela CBB como um dos nomes das Conferências do Campeonato Brasileiro Adulto, com um selo comemorativo. Na época, foi entrevistado pela CBB e falou sobre a homenagem e sua luta contra a doença.

- Me senti lisonjeado com esta homenagem. Ser escolhido dentre tantos nomes que fizeram e fazem história no nosso basquete. Quando recebi essa notícia, fiquei em êxtase, pois sei a importância de ter o nome vinculado a um evento da CBB - disse Gerson.

- Passo por um problema temporário. Sei da gravidade, mas também sei que as lutas vem na nossa vida para lutarmos e mostrarmos nossas forças. Para os médicos, a cura não existe, mas não posso me apegar no que eles pensam e sim na minha certeza que há um caminho para a cura. Imagina uma coisa até tempos atrás que não tinha cura e hoje tem. Com certeza eu vou ser o primeiro desta moléstia (risos) porque tenho fé em Deus e não me entrego facilmente - contou Gerson.

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