Pokey Chatman assume o comando da Seleção Brasileira feminina de basquete


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Pokey Chatman é a nova técnica da Seleção Brasileira feminina de basquete. A americana de 55 anos, com 14 anos ininterruptos na WNBA, chega para assumir a frente do projeto de renovação do Brasil, que busca também uma vaga na Olimpíada de Los Angeles 2028. Pokey terá como assistentes Léo Figueiró e Bruna Rodrigues.

- Estou honrada por ter sido escolhida para liderar a Seleção Brasileira durante este próximo Ciclo Olímpico. Começaremos a trabalhar imediatamente em nosso processo de retorno ao cenário mundial do basquete feminino - disse Pokey.

Americana de Louisiana, Pokey foi treinadora do Chicago Sky e do Indiana Fever. Hoje é general manager e assistente técnica no Seattle Storm, sendo uma das mais experientes figuras quando o assunto é basquete feminino internacional.

Pokey já estava dentro do planejamento da CBB desde julho deste ano, quando assumiu como consultora técnica do departamento de basquete feminino. Agora, assume uma função que já foi de outra mulher vencedora no passado: Maria Helena Cardoso.

- É uma felicidade imensa trazer esse presente de Natal ao basquete feminino brasileiro com a chegada de alguém também imponente quanto a Pokey. Ela já estava nos auxiliando em outra função, e agora assume como técnica da Seleção. Tenho certeza do sucesso desse projeto - citou o presidente Guy Peixoto Jr.

O primeiro desafio de Pokey com a Seleção feminina é a Copa América, entre junho e julho do próximo ano, em Santiago, no Chile. O Brasil defende o título conquistado em 2023, no México.

Em sua carreira, a americana já teve a experiência de dirigir atletas brasileiras, como Erika, Damiris e Clarissa.

Quem é Pokey?

Chatman foi membro da equipe feminina sub-18 dos EUA que ganhou a medalha de ouro na Copa América FIBA ??em São Paulo, Brasil. O evento era conhecido como Torneio de Qualificação para o Campeonato Mundial Júnior na época. O evento foi realizado em agosto de 1988, quando a equipe dos EUA derrotou o Brasil por  70 a 68 para ganhar o campeonato.

Ela também atuou como assistente técnica da Seleção Feminina dos EUA nos Jogos Universitários Mundiais (também conhecidos como Universíade), realizados em Izmir, Turquia, em agosto de 2005, quando ficou com a medalha de ouro.

Chatman passou os primeiros 20 anos de sua vida adulta na LSU como jogadora (1987–1991), onde foi All American e está no Hall da Fama da Universidade. Depois, foi assistente (1991–1992), treinadora assistente (1992–2004) e treinadora principal (2004–2007). Depois de suceder a treinadora de longa data Sue Gunter, em 2004, Chatman levou as Tigers a três Final Four da NCAA consecutivos em 2004 (como treinadora principal interina), 2005 e 2006.

Entre 2007 e 2014, foi treinadora do Spartak Moscou, até chegar na WNBA em 2011, de onde não saiu mais, estando em diversas funções, nessas idas e vindas da inter temporada entre Estados Unidos e Europa.

Comissão técnica

Pokey Chatman terá como auxiliares na sua comissão a técnica de Blumenau, Bruna Rodrigues, que dirigiu o Brasil no último Sul-Americano, com o vice-campeonato, e Léo Figueiró, treinador do Vasco no adulto masculino e que em 2021 foi assistente técnico de Aleksandar Petrovic no Pré-Olímpico.

O preparador físico será Vita Haddad, que já esteve nesta função na Seleção Brasileira feminina. O restante da comissão técnica permanece sem mudanças.

Currículo de Pokey Chatman

- WBCA Coach do ano
- SEC Coach do ano
- Naismith Coach do ano
- Louisiana Coach do ano
- BCA Coach do ano
- Técnica do Spartak Moscou
- Técnica e General Manager do Indiana Fever (2016 a 2019)
- Técnica e General Manager do Chicago Sky (2010 a 2016)
- Assistente e General Manager do Seattle Storm (desde 2022)

Entrevista com Pokey:

O que você pode falar dessa jornada até chegar ao comando da Seleção Brasileira feminina?

Primeiramente, estou honrada por ter sido escolhida para liderar a Seleção Brasileira durante este próximo Ciclo Olímpico. Começaremos a trabalhar imediatamente em nosso processo de retorno ao cenário mundial do basquete feminino.

Qual é a sua expectativa para o trabalho?

Minhas expectativas são reunir o melhor grupo de jogadoras, junto com a equipe, e começar nossa preparação (passo a passo) para construir uma base sólida para atingir nossos objetivos.

Vamos sonhar: você imagina seus melhores sonhos com a Seleção neste ciclo?

Meu sonho é ajudar a restaurar o Basquete Feminino Brasileiro e nos tornarmos um dos países mais relevantes e referência do nosso jogo. Sim, é um processo, e abraçaremos cada aspecto com a atenção necessária aos detalhes. O objetivo é o sucesso em LA2028, no entanto, nossos olhos estão voltados para as próximas janelas de jogos (AmeriCup, Copa do Mundo, etc.) para garantir que nossa fundação esteja preparada pro objetivo final.

Temos uma nova geração talentosa de atletas, e também jogadoras mais experiência. O que acha desse mix?

Estou animada com nossa nova geração de jogadoras, pois elas aprenderão e crescerão junto com nossas veteranas mais experientes. Mais importante, muitos dos nossos jovens talentos estão jogando em grandes universidades D1 nos EUA e estarão expostas a competição de alto nível, ganhando significativa experiência e sem dúvida terão um grande impacto no grupo como todo.

O Brasil volta a ter uma técnica mulher para um ciclo olímpico após Maria Helena Cardoso no passado. O que isso significa para você?

Ser a segunda mulher na história a assumir o comando da Seleção Brasileira é algo que levo muito a sério. Representatividade importa, pois ajuda muito as jovens a navegar pela vida e consequentemente podendo impactar positivamente sua experiência geral no basquete.

Podemos brigar por LA 2028?

Sim, eu acredito 100% nessa possibilidade. Esse é o nosso objetivo final e entendemos o nível de comprometimento com o processo que será necessário. Com nosso pool de talentos disponível, juntamente com a experiente e altamente qualificada comissão técnica reunida, acredito sim que podemos (vamos) realizar esse sonho.

Fonte: Assessoria CBB

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