Marco Sharp: “o basquete na minha vida sempre foi acima de tudo”


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O basquete sempre esteve presente na vida do paulistano Marco Antonio Soares Sharp, de 69 anos (31 de janeiro de 1950), que viveu grande experiências dentro e fora de quadra, seja como jogador, técnico ou agora como consultor.

Como jogador, Sharp atuou pelo EC Banespa, EC Sírio e CA Paulistano, todos da capital paulista. Já como técnico, dirigiu o CA Paulistano, EC Sírio e SC Corinthians Paulista, os três da capital paulista; Lwart Lwarcel/Lençóis Paulista, CA Monte Líbano (São Paulo), Tucumán (Argentina), Unimed/Araçatuba (naipe feminino), CA Lanús (Argentina), EC Pinheiros (São Paulo) e Tilibra/Bauru.

"Muitas vitórias e muitas conquistas em diferentes áreas, na esportiva foi ter sido campeão Argentino, principalmente, por ser um estrangeiro brasileiro. Na área pessoal foi ter sido, além de técnico, educador. Também me orgulho, como competidor que sou, pois sempre comandei e orientei meus atletas para que competissem com lealdade; sempre fui cordial com os técnicos adversários, prova disso é que na sua maioria ainda os tenho como amigos", comentou Sharp.


Sharp trabalhando com a garotada em Santa Catarina / Foto: Divulgação.jpg

Confira um pouco mais da carreira e da forma de pensar de um técnico que marcou seu nome na história do basquete paulista e brasileiro.

O curso foi de excelente nível e no final deste mesmo ano (1975) o Professor Medalha organizou um grupo de jovens técnicos e fomos estagiar em universidades norte-americanas, algo bastante inédito para a época. As Universidades foram: 1) UCLA – Coach Gene Barton/John Wooden; 2) llinois Wesleyan University – Coach Dennis Bridges; e 3) Bradley University – Coach Joe Stowell. Essa foi a viagem que mudou a minha vida.

Fui também técnico de enumeras Seleções Paulistas, cadete e Juvenil, me sagrando campeão Brasileiro em todos os eventos. Também fui Campeão Sul-americano Cadete, como técnico da Seleção Brasileira, em Córdoba, na Argentina. E, para finalizar, fui técnico de Seleção Brasileira em duas edições da Universíade – 1987, em Zagreb, na Iugoslávia; 1989, em Duisburg, na Alemanha. Bem como, fiz estágio em 12 universidades norte-americanas.


Marco iniciando a carreira como técnico em 1975, comandando o CA Paulistano / Foto: Arquivo Pessoal.jpg

Sim, trabalhei muitos anos na base e mesmo quando comecei a trabalhar com equipes adultas de início não larguei a base. Penso que deveríamos ter uma atenção muito maior com a base e isso passa por cursos de atualização técnica permanente e obrigatória dos profissionais da área. Tive a sorte de ter tido na minha época um nível de competição fortíssimo, pois a minha geração de técnicos foi muito boa; eram estudiosos e estrategistas, o que tornava a competição duríssima.

Após minha saída do CA Paulistano, fui para o EC Sírio e nos seis primeiros meses fiquei sozinho com o Adulto, Juvenil e Infanto; os resultados foram fantásticos, ganhando o Torneio Preparação Adulto e títulos com a base também. Após o EC Sírio fui para o SC Corinthians Paulista, Lwart Lwarcel (Lençóis Paulista), quando fui campeão do Torneio Preparação Adulto, em seguida me transferi para o CA Monte Líbano, ganhando o Preparação Adulto, substituindo, no primeiro semestre, o técnico Edvar Simões. Depois disso, dirigi novamente o CA Paulistano e Newport/Santo André.

Posteriormente, fui convidado para dirigir o Tucumán, na Argentina, saindo campeão Nacional e também consegui o terceiro lugar no Campeonato Argentino Sub-21. Após, voltei ao Brasil para dirigir pela primeira vez uma equipe feminina, o Unimed/Araçatuba, ficando em terceiro lugar no Brasileiro e terceiro no Paulista, além do vice-campeonato Sul-americano.

Voltei para a Argentina e comandei o Clube Lanús, na Grande Buenos Aires, terminando em quarto a Liga Nacional (TNA). Voltei ao Brasil e dirigi o EC Pinheiros, terminando em sexto o Campeonato Paulista, obtendo vaga para a Liga Nacional. Depois, fui para o Tilibra/Bauru, terminando a minha carreira.


Foto: Divulgação.jpg

Temos que achar o caminho de volta e, principalmente, atualizar nossos técnicos jovens. Temos que ter Cursos e Clínicas, pelo menos, semestralmente e que sejam avaliados também. Na Argentina os técnicos que não participam dos cursos não recebem autorização para sentar no banco durante um jogo, não tendo a licença para dirigir a equipe.

Acho de extrema importância termos à frente da Confederação um ex-atleta e Ídolo da modalidade, a parte de ser um empresário bem-sucedido e de ter diretores de respeito, como o meu amigo e ex-jogador Marcelo Sousa.

Pelo o que acompanhei até agora, percebo que a cada ano estamos recuperando o espaço que perdemos, voltando a novamente ter atenção com os Campeonatos de Base, tanto masculino como feminino, e formando comissões técnicas para as diferentes categorias de Seleções Brasileiras. É promissor, pois novamente estamos no caminho. Espero que outros ex-atletas se unam ou Guy, juntando forças, para rapidamente voltarmos ao lugar de onde jamais deveríamos ter saído.


Foto: Divulgação.jpg

O basquete na minha vida sempre foi acima de tudo. Na verdade, ter sido técnico para mim foi uma missão e me sinto realizado.

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