Marcelinho Huertas: a emocionante despedida de uma lenda e o seu legado para as próximas gerações
Neste 6 de agosto de 2024, o basquete brasileiro se despede de um dos maiores ícones que já vestiram a camisa da Seleção: Marcelinho Huertas. Após 20 anos de dedicação, conquistas e liderança, Huertas jogou sua última partida pelo Brasil nas Olimpíadas de Paris 2024, deixando um legado que ecoará por gerações.
Marcelinho Huertas iniciou sua carreira profissional aos 19 anos, em 2001, no FMU/Paulistano, e, desde então, construiu uma trajetória sólida tanto em clubes quanto na Seleção. Com passagens por ligas europeias de prestígio, como a Liga ACB na Espanha, e uma temporada na NBA pelo Los Angeles Lakers, Huertas sempre foi sinônimo de inteligência tática, visão de jogo e precisão nos arremessos.
Seu impacto na Seleção Brasileira é inegável. Estreando em 2005, Huertas rapidamente se tornou peça-chave na armação da equipe. Ele participou de cinco Mundiais (2006, 2010, 2014, 2019 e 2023) e três Olimpíadas (2012, 2016 e 2024), sempre desempenhando um papel crucial na organização do time e na condução das jogadas.
Um dos momentos mais emblemáticos de sua carreira na Seleção foi durante as Olimpíadas de Londres em 2012, onde Huertas foi o maestro de uma equipe que chegou às quartas de final. Sua liderança em quadra, combinada com a frieza em momentos decisivos, consolidou sua reputação como um dos melhores armadores que o Brasil já produziu.
Marcelinho Huertas é um vencedor nato. Campeão por onde passou, o armador possui sua estante lotada de troféus. Pela Seleção Brasileira, Huertas foi campeão da Copa América duas vezes, em 2005 e 2009; campeão do Campeonato Sul-Americano, em 2006; e campeão dos Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro. Por clubes, não foi diferente: Huertas marcou sua história na Liga Espanhola de Basquete. Em seu currículo, múltiplos títulos da Liga Espanhola, além de títulos da Copa da Espanha e da Supercopa. Pelo basquete FIBA, também fez seu nome com títulos da Copa Europeia da FIBA e o bicampeonato da Copa Intercontinental da FIBA.
Além de seu talento natural, Marcelinho sempre foi admirado por sua ética de trabalho e dedicação ao esporte. Dentro e fora das quadras, ele se destacou como um verdadeiro exemplo para as novas gerações de atletas. Nunca foi apenas sobre vencer para Huertas; foi sobre jogar com paixão, representar seu país com orgulho e deixar uma marca positiva no esporte.
“Sou eternamente grato a tudo que o basquete me deu, a Seleção Brasileira. O basquete e a Seleção é de todos, e toda vez que a gente veste essa camiseta a gente tem que representar como se fosse o último jogo das nossas vidas”, disse Huertas na zona mista de Paris 2024 após jogo contra Estados Unidos.
“Tentei fazer isso durante toda minha carreira, representar com máximo de orgulho, prazer, de nunca ter dito não para a Seleção Brasileira, para mim sempre foi prioridade. Para mim tem valor, e espero que as próximas gerações sintam da mesma maneira”, completou.
Agora, ao pendurar a camisa da Seleção, Marcelinho Huertas entra para a história como um dos maiores jogadores de todos os tempos no basquete brasileiro. Seu nome será lembrado ao lado de lendas como Oscar Schmidt e Hortência, e seu legado servirá de inspiração para futuros armadores que sonham em vestir a amarelinha.
Obrigado, Marcelinho, por cada passe preciso, por cada arremesso certeiro e por cada momento de liderança em quadra. O Brasil te aplaude de pé, reconhecendo e celebrando tudo o que você fez pelo basquete nacional.
Que seu futuro seja tão brilhante quanto foi sua carreira, e que você continue a inspirar o basquete dentro ou fora das quadras.
Despedimo-nos de um ídolo, mas seu legado permanecerá vivo em cada jogada e em cada passe de uma nova geração de atletas que ele inspirou.
Huertas seguirá atuando pelo Tenerife, da Espanha, clube com qual tem contrato até o fim da temporada 2025/2026.