Basquete volta à Olimpíada após sete anos de avanços na CBB


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O basquete brasileiro conquistou a vaga na Olimpíada de Paris no último domingo, com a Seleção masculina conquistando o título do Pré-Olímpico na Letônia. Mas o caminho para voltar a estar entre os 12 melhores do mundo, no maior evento do planeta, começou ainda em 2017, quando o presidente Guy Peixoto Jr assumiu a Confederação Brasileira de Basketball.

De lá para cá, em sete anos, a CBB passou por um profundo processo de restruturação, financeira, fiscal, de credibilidade, gestão e também esportiva. O principal resultado veio agora, com a classificação para Paris, mas muito antes disso várias sementes plantadas já haviam germinado, como você pode ver nos tópicos abaixo.

Retirada da suspensão da FIBA: ao assumir a CBB, a atual diretoria tinha a Confederação mergulhada numa crise política com a FIBA, que suspendeu o Brasil de todas as competições internacionais. Em menos de um ano, a suspensão foi retirada e aos poucos o Brasil retomou sua governança.

Presença em comitês da FIBA: o basquete brasileiro saiu de suspenso a presente em comitês de gestão e política da FIBA. Hoje, tem representantes nos comitês de atletas, financeiro e de jovens atletas.

Recuperação financeira: ao assumir a CBB, a gestão Guy Peixoto levantou todos os passivos da Confederação, herdados da gestão passada. Dívidas trabalhistas, de impostos e tantos outros. De lá para cá, as dívidas foram equacionadas, o passivo diminuiu consideravelmente, e a CBB caminha para um horizonte saudável em futuro próximo, o que a tornou atrativa. Inúmeros parceiros apoiaram e ainda apoiam a CBB nesta caminhada: a Cimed, Motorola, Galerabet, Spalding, Molten, Nike, COB (Time Brasil), CBC e Governo Federal.

Parceiros fundamentais: neste cenário, as federações estaduais, atletas, clubes e todo o ecossistema do basquete foram fundamentais. Sem eles seria impossível cumprir essa recuperação. E também lembrar outros parceiros como o Deputado Felipe Carreras, a MCS Sports Marketing, o ITDA, o ICMeta, entre outros.

Recuperação fiscal: a reorganização financeira fez com que a CBB avançasse bastante no quesito fiscal, municipal e federal, com total apoio do escritório Trengrouse & Gonçalves Advogados, fundamental nesse processo. Tirando documentos e certidões que não tinha direito por conta de dívidas e inadimplências. A entidade hoje está com as certidões Tributária e Trabalhista em dia.

Governança corporativa: hoje a CBB tem a nota 9,87, em um máximo de 10, no programa GET(Gestão, Ética e Transparência) do Comitê Olímpico do Brasil, se posicionando entre as cinco melhores Confederações do país.

Recuperação da base: Em sete anos, a Seleção Brasileira lançou novos nomes como Yago, Didi, Gui Santos, Caboclo, Lucas Dias, Georginho, Kamilla, Stephanie, Ayla, Micaela, Sther, Alexia, entre outros nomes, uma renovação que já é vista na Seleção adulta. Além disso, o Brasil passou a disputar todas as competições de base no continente. E na América do Sul, ganhou mais de 70% dos torneios que disputou de 2017 para cá. No mundo, retornou para os Mundiais de Base no Sub-19, masculino e feminino.

Resultados internacionais: não só no masculino os resultados voltaram a surgir. Nossa seleção feminina adulta é a “Dona das Américas”, sendo a atual campeã Sul-americana, bicampeã dos Jogos Pan-americanos e da AmeriCupW.

Torneios de base: na base nacional, em parceria com o CBC, presidido por Paulo Maciel, e com gestão também de Arialdo Boscolo, a CBB colocou mais de 15 mil crianças em quadra e mais 130 equipes disputando os campeonatos de basquetebol.

Foco educacional: Nos últimos anos, a CBB lançou o Instituto Basquete Brasil, com foco na educação esportiva, para técnicos, preparadores e todo o ecossistema do esporte. E também relançou a Escola de Treinadores. Até aqui, mais de 10 mil pessoas já se inscreveram em cursos e seminários. Distribui mais de 100 bolsas de estudo integrais de graduação, pós-graduação e tencológica, em parceria com a Unicesumar, para todo o ecossistema do basquete.

Eventos internacionais: o Brasil voltou a ser atrativo para eventos internacionais de basquete após quase 40 anos. Em 2022, recebemos a Copa América Adulta Masculina, em Recife, numa festa no Nordeste brasileiro e com o vice-campeonato do Brasil. E em 2024, apesar da Seleção feminina não conquistar a vaga olímpica, a cidade de Belém recebeu de forma inédita o Pré-Olímpico da FIBA, com Brasil, Austrália, Sérvia e Alemanha.

Basquete 3x3: a nova modalidade olímpica, queridinha dos esportes de rua, também virou febre no Brasil. O país já está entre os oito melhores do mundo no feminino e no masculino foi quarto colocado no Mundial de 2023.

Seleção rodando o país: de 2017 para cá, a Seleção Brasileira voltou a estar com o povo. Estivemos em Rio de janeiro, Franca, Santa Cruz do Sul, Recife, Jaraguá do Sul, São Paulo, Goiânia, Belém, São José dos Pinhais, entre outros, passando por todas as regiões.

Brasil na Olimpíada 2024: o basquete retorna para a Olimpíada em 2024, no masculino, com a vitória do Pré-Olímpico. Além disso, o feminino bateu na trave e o 3x3 disputou o Pré-Olímpico em ambos os naipes - lembrando que o basquete 3x3 tem apenas 8 times em Paris e o 5x5 conta com só 12 equipes.

Fonte: CBB

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