Bahía Blanca é Brasil: jovens do país ganham espaço em projeto na Argentina


icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin icone email


Bahía Blanca já era "do Brasil" antes mesmo da seleção feminina vencer Colômbia e Argentina e se classificar para o Pré-Olímpico Mundial, no último fim de semana. A 650 km de Buenos Aires, a cidade foi fundada em 11 de abril de 1828 e leva esse nome por conta da brancura dos salitres costeiros. Por lá, quatro brasileiros vão ganhando espaço em busca do sonho de viver do basquete. Seus nomes são Caio Pacheco, Rafael Paulichi, Pedro Ianguas e Gabriel Novaes. Todos jogam no Bahía Blanca, o time da cidade, e acompanharam de perto o Brasil se classificar para o Pré-Olímpico Mundial feminino, em fevereiro do ano que vem.


Jovens em Bahía Blanca com a seleção feminina. Foto: Divulgação/CBB.jpg

Morando e treinando no Dow Center, eles são lapidados pelo argentino Pepe Sánchez, campeão olímpico com a Argentina em Atenas 2004. Por lá, também já receberam lições do irmão de Manu Ginóbili, Sepo Ginóbili, que treinou o Bahía Blanca, na cidade onde ambos cresceram.

Caio Pacheco tem 20 anos, é de Rio Claro e tem 1,88m. O armador foi duas vezes campeão sul-americano com a seleção brasileira sub-21. Passou por Limeira, Rio Claro e Palmeiras, até desembarcar na Argentina em janeiro de 2018. Caio começou na base, mas logo se destacou e hoje joga apenas pelo time adulto.

- Evoluí muito depois que cheguei aqui. Estar com o Pepe Sanchez, que é uma referência, é muito bom. Sem contar a estrutura que oferecem para a gente - disse Caio, que tem sonhos na carreira.


Caio jogando pelo Bahía Blanca Basket. Foto: Divulgação/CBB.jpg

- Quero um dia chegar na Europa, quem sabe a NBA. Sei que é um sonho que está distante. E quero jogar também na nossa seleção, representar o Brasil.

Gabriel Novaes, de 18 anos, é jogador do sub-23 do Bahía Blanca. Nascido em São Paulo, atua nas posições 4 e 5. Com 2,07m, o jovem passou pelo Palmeiras antes et em objetivos claros na Argentina.

- Vim pela estrutura. Tudo. Pelo projeto que tem aqui. Treinar bastante. Tudo isso que tem aqui. Jogo no sub-23, quero melhorar fisicamente, aprimorar meu arremesso de fora e com o tempo poder jogar no adulto. Eu quero jogar profissionalmente, poder viver do basquete - contou.

Pedro Ianguas, de 21 anos, é o maior da turma. Com 2,09m, o pivô chegou em Bahía Blanca em abril de 2018. Antes, atuava no Paulistano. Buscando um salto na carreira, ele sonha com a Europa.

- Vim para jogar a Liga de Desenvolvimento, mas o pivô que estava aqui no profissional se machucou e tive a chance de jogar no adulto. E aí fiz cerca de 20 partidas e estou até agora. A estrutura é impressionante em nível de América Latina. O nosso técnico era o irmão do Ginobili, tem o Pepe. E a oportunidade. Na idade que a gente está, é difícil ter uma oportunidade tão grande - citou.

Rafael Paulichi, de 21 anos, é de Porto Feliz, em São Paulo. E atua nas posições 3 e 4. Com 2,01m, ele chegou em 5 janeiro de 2018, com passagens pelo Círculo Militar, Sorocaba e Palmeiras.

- A estrutura é essencial. O pessoal daqui também, a parte humana, é muito boa. Tem o Pepe Sanchez. Estive lesionado e me ajudaram muito. Tiveram paciência. E me deram muita oportunidade de jogar. Quero me consolidar na carreira profissional. É meu primeiro ano jogando profissionalmente e a partir daí consolidar minha carreira - disse Rafael.

« Voltar