Neto e Petrovic falam das possibilidades do Brasil nos Pré-Olímpicos


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Após o sorteio dos grupos dos Pré-Olímpicos Mundiais para Tóquio 2020, os técnicos das seleções José Neto (feminino) e Aleksandar Petrovic (masculino) conversaram com a imprensa sobre as impressões e a expectativa para os torneios que acontecem de 6 a 9 de fevereiro entre as mulheres e 23 a 28 de junho entre os homens. A coletiva de imprensa aconteceu no Hotel Venit, no Rio de Janeiro, e a Confederação Brasileira de Basketball apresenta abiaxo um resumo do que cada treinador falou.


Foto: Divulgação/CBB.jpg

- O que posso falar depois desse sorteio? Primeiro que não entramos no grupo da Sérvia, isso era o desejo que tinha. Jogar contra eles em Belgrado é uma missão quase impossível. Não queria jogar em Belgrado. Mas os demais torneios eram possível. É uma coisa boa. Tenho muita experiência nesse tipo de Pré-Olímpico. Não é importante mirar as equipes e sim focar na sua equipe. Torneio de tiro curto. Preparação curta. Não se pode equivocar para se basear na forma de jogar. Por isso é importante. Joguei com a Croácia e venci na Itália. Brasil tem oportunidade de ganhar esse torneio em Split.

- Temos quatro condições, faltando oito meses para o Pré-Olímpico. Estou no Brasil, falei com Leandro, Alex e Marquinhos. Em maio, vou chamar esse jogadores. Essas maravilhas. Quero deixá-los tranquilos agora. E espero a resposta deles. Querem participar? Eu quero continuar esse caminho bem feito na China. Em 45 dias, construímos algo. Quero no Pré-Olímpico e em Tóquio. Espero um sim, dos cinco veteranos. Essa é a condição número 1. Depois, penso que é importante que o Anderson Varejão encontre um clube para jogar nos próximos 30, 45 dias. A preparação é curta, 10, 12 dias. Uma semana no Brasil. Viagem para a Europa, sete dias para adaptar, jogar dois amistosos.

- Tenho tudo preparado. A terceira condição é que a Filadélfia não entre na final da NBA. Estou em contato com Raulzinho. Fora da final da NBA, Raulzinho estará conosco. É mais uma qualidade para esse tipo de Pré-Olímpico. A quarta, é em fevereiro, vou para os EUA, para falar com os jogadores da NBA. Uma situação particular, Cristiano Felício, que não vem jogando tanto, pedi para não abaixar a cabeça. E o Caboclo, que na China deu ótimos sinais de muita qualidade. É importante que não baixem a cabeça. É importante chegar bem no Pré-Olímpico. Cumprindo essas condições, estou seguro que temos muita possibilidade para ganhar esse torneio na Croácia.

- Não se preocupem. Em Croácia, a imprensa vai me procurar, não vou sair valente, vou chorar um pouco. Mas temos opções com essas quatro condições cumpridas. Posso aproveitar também.

- Em fevereiro, temos a janela com dois jogos contra o Uruguai. Teremos a convocação sem veteranos. Deixo eles tranquilos. Teremos jovens. E jogadores que atuam fora do Brasil, o Rafa Luz, Benite, Didi e os demais, são os jogadores que atuam na Liga no Brasil. Por isso, são duas competições diferentes. Fevereiro sem veteranos, e no Pré-Olímpico, ter a equipe mais forte possível.

- Primeiro, uma coisa é que eu conheço a Croácia profundamente. Sei de todos os seus problemas, qualidades que têm. Mas não é tão importante ganhar a Croácia em primeiro jogo. É uma obrigação ganhar a Tunísia. Ganhando, já estamos na semifinal. E vamos encontrar Rússia, Alemanha, México. Outra vez podemos encontrar a Croácia na final. Temos que fazer o foco nesses primeiros dois jogos. Não podemos abrir todas as cartas contra a Croácia no primeiro jogo, mas para isso é importante ganhar a Tunísia sem grandes problemas. O time deles tem jogadores importantes. Mas o Brasil é melhor. E precisa estar preparado para esse jogo. Quando estivermos em Split, podemos mirar com nossos olhos os oponentes da outra chave do nosso Pré-Olímpico. Só joguei um amistoso com a Croácia, quando era técnico da Bósnia, e ganhamos.

- As equipes estão se preparando para a competição e estudando. Jogamos contra eles três vezes, fizemos um amistoso, Pan, Copa América. Cada um sabe os pontos fortes e fracos. França, como local, favorito a ser o primeiro lugar, e a Austrália, que é vice-campeã mundial, fortíssima. Sabíamos da dificuldade que teríamos, mas temos possibilidade. É trabalhar nessas possibilidades para chegar lá preparado.

- Estamos fazendo um trabalho interessante com elas, mostrando os conceitos que temos de jogo. Ofensivo e defensivo. Elas são as técnicas dentro de quadra. São jogadoras inteligentes, têm essa vontade de evoluir. E vemos essa melhora muito grande. Damos o suporte para as jogadoras, com Virgil e Camargo, de vídeo, mostrar situações que podem melhorar. Vamos dando condição delas melhorarem.

- Elas não me dão motivos para falar com elas de outra maneira. As vezes eu tenho vontade de dar aquele esporro, de falar mais alto, e elas me falam: "Professor, pode falar, pode xingar, a gente ouve". Mas elas são meninas muito dedicadas, não dão motivo para isso, e estou muito satisfeito com o nosso time até aqui.

- Observamos todas essas meninas, são 46 meninas ao redor do mundo, e a Adriana Santos (ex-jogadora, campeã mundial e medalhista olímpica), é importantíssima para esse trabalho. A Adriana é fundamental para a seleção brasileira com esse trabalho de observação, de proximidade com as jogadoras. Ela é essencial.

- Eu posso dizer que é difícil fazer basquete no Brasil. Não é fácil. E nesse tempo que estou aqui, desde antes também, eu preciso falar uma coisa. Se não fosse essa diretoria de agora, esse trabalho do Guy Peixoto, do presidente há dois anos e meio, a CBB estaria de portas fechadas. Eu posso falar porque eu vejo no dia a dia a abnegação, o trabalho, a seriedade das coisas.

- Quando eu cheguei, falei que não poderia ser um trabalho a curto prazo, que deveria ser de médio, longo prazo. E estamos evoluindo, melhorando nossa qualidade. Nosso trabalho é pensando em resultados em médio, longo prazo. Alguns já vieram, mas podemos melhorar muito mais e estamos trabalhando para isso, para manter esse foco e evoluir cada vez mais.

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