Coluna do Souza: além dos títulos, base revela jogadores promissores para o Brasil


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Por Felipe Souza

Recentemente, a seleção brasileira conquistou o Campeonato Sul-Americano sub-17 de forma invicta e fechou o ano com o seu terceiro título na base. Antes dessa conquista, o Brasil já tinha ganhado o Sul-Americano sub-14 feminino e o sub-21 masculino. Porém, não são só os títulos que chamam a atenção e sim os atletas que as equipes de base têm revelado.

Para se ter uma ideia, na seleção que disputou o Sul-Americano sub-21 vimos jogadores que já estão brilhando no profissional e que possuem grandes chances de aparecer em uma possível convocação da seleção adulta. É o caso do pivô Dikembe André, do Paulistano, que vem se destacando pela equipe paulista e está sendo observado de perto pelo treinador Petrovic.


Márcio Santos em ação no Sul-Americano Sub-17. Foto: ConsuBasquet.jpg

Bem verdade, que esse elenco do sub-21 tem nomes mais conhecidos do torcedor brasileiro. Como Danilo Sena (Pinheiros), João Vitor França (Unifacisa) e entre outros. Mas é no elenco do sub-17 masculino e sub-14 feminino que existem nomes pouco falados até o momento, mas que devem ganhar projeção nacional daqui alguns anos.

É o caso do pivô Márcio Santos (SESI Franca) e os armadores Adyel Borges (SESI Franca) e Guilherme dos Santos (Minas Tênis Clube) no título mais recente do sub-17.

Guilherme e Adyel brilharam com a camisa da seleção brasileira e mostraram ser uma dupla de armadores fundamentais nos dois lados da quadra. Porém, o grande nome dessa equipe foi o Márcio. Ele terminou a competição sendo escolhido o MVP e com médias de 15.5 pontos e 9.8 rebotes por jogo. O ótimo rendimento dele no torneio consolida o bom trabalho que já vem sendo feito pelo Franca há mais de dois anos.

Entretanto, tem um fator que chama atenção nas seleções sub-21 e sub-17 masculina: a busca por treinadores que trabalham com o adulto. Essa mudança parece pequena, mas está sendo de suma importância para que esses garotos peguem o ritmo de treino e de trabalho tático da seleção adulta, facilitando assim a transição desses atletas no futuro.

Para o treinador Léo Figueiró, "são essas iniciativas e o esforço também que a CBB vem fazendo para cada vez mais melhorar as estruturas das seleções, que são importantes para que o Brasil volte a revelar jogadores"

Mas, e na equipe feminina, tem algum nome para você ficar de olho? Com certeza!

As jogadoras Marcella Freitas (Basketball Santo André/APABA), Ana Passos (SESI-SP) e Taissa Queiroz (Novo Basquete Ponta Grossa), tiveram belíssimas atuações na competição desse ano e foi impossível não reparar no talento delas.

Para ter uma noção, Marcella e Ana já estão dominando a sua categoria. Nessa temporada, as duas foram as cestinhas do Estadual terminando com médias de 23.9 e 17.7 pontos por jogo respectivamente. Já a Taissa, é tratada com grande revelação do time paranaense e com certeza vamos ouvir cada vez mais o nome dessas meninas no futuro.

Se anos atrás ficávamos preocupados com a falta de surgimento de novos talentos, atualmente já podemos ver o futuro com outros olhos. Claro que ainda precisamos evoluir bastante, mas os títulos conquistados na base nos últimos três anos e esses jovens jogadores que vem surgindo, nos dão esperança de dias melhores e que estamos no caminho certo.

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