Conciliando basquete e medicina, Fransergio deixou gravado seu nome na história do esporte brasileiro
Com uma história ligada ao basquete de Franca, um dos nossos mais brilhantes jogadores, Francisco Sergio Garcia, o Fransergio, é o responsável pela segunda geração da família Garcia nas quadras.
O legado da família no basquete brasileiro começou com Francisco Garcia do Nascimento, pai de Fransergio, Hélio Rubens Garcia e Totô, que formaram um trio que foi apelidado de “Irmãos Metralha”.
- Meu pai era um entusiasta do esporte, ele vivia pra isso e usou essa dedicação toda como ferramenta educacional. Nos incentivou muito, e veio puxando essa tradição na nossa família. Não posso deixar de citar nosso professor idealista e visionário, Pedro Morila Fuentes, o "Pedroca" que foi fundamental também na nossa historia - contou o atleta.
Aos 73 anos, Fransergio, ex-jogador da Seleção Brasileira, se lembra com alegria dos tempos de atleta, quando os treinos e jogos dividiam espaço com livros e plantões da Faculdade de Medicina.
- Me lembro que era muito corrido dividir o tempo para estudar e treinar. Foi uma época que exigiu de mim muito foco, pois quando meus amigos saiam eu tinha minha responsabilidade dentro do esporte - relembrou Fransergio.
Nos anos em que defendeu a camiseta verde e amarela, o jogador foi campeão dos Jogos Pan-Americanos de Cali, em 1971, título que carimbou o passaporte da equipe para as Olimpíadas do Munique.
- Foi incrível conquistar e participar desse marco com a Seleção. E estar nas Olímpiadas foi um prazer e um conquista grandiosa como atleta - destacou o jogador que também defendeu o Brasil nas Olímpiadas, em 1972.
Sua história com a modalidade começou ainda na base e acumulou alguns títulos ainda muito novo, como três vezes campeão do sul-americano, no Campeonato Brasileiro, o título de melhor atleta nos jogos abertos, em Santos, e eleito o melhor jogador do Brasileirão, em Franca.
Fransergio conciliou toda a sua carreira de atleta com a faculdade e se formou em Medicina na Universidade Federal de Uberlandia, fazendo especialização em cardiologia, profissão que exerce até os dias atuais.
Tanta dedicação ao time rendeu ao médico a direção de dois mandatos na presidência do Franca Basquete. Nos anos 70, defendeu a equipe de Franca em um time onde também atuavam seus irmãos Hélio Rubens e Totô.
- Hoje, eu sou torcedor do basquete francano. Tenho uma ligação muito grande com o clube e um orgulho imenso de ter construído uma história com o basquete. Também gostaria de deixar registrado que através da história a gente constrói um futuro, é importante termos esse discernimento - finalizou.
Fonte: Assessoria CBB