Cria da Mangueira, Brenda Bleidão é destaque na primeira conferência do Brasileirão feminino


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O Brasileirão feminino retorna na próxima segunda-feira, com o começo da Conferência Delcy, em Brasília. Mas os ecos da Conferência Heleninha, que terminou no último sábado, em Recife, continuam. Com o Sport Recife e o Bradesco classificados para as quartas de final. E com um destaque individual que promete nos próximos anos no basquete brasileiro. Brenda Bleidão, 18 anos, do Clube Campestre, foi um dos grandes destaques das primeiras sete rodadas da competição.

A ala do time de Campina Grande terminou a Conferência Heleninha como a cestinha, com média de 20 pontos ao lado de Evelyn Larissa, do São José/Elase-SC, e também se destacou com 11 rebotes, sendo cinco ofensivos por jogo, e três roubos de bola por partida. Ela também liderou em médias de lances livres.

Brenda surgiu em um projeto da CUFA (Central Única das Favelas), e está passou mais de quatro anos na Mangueira. Passou pelas seleções Sub-14, Sub-15 e Sub-16 do Brasil. Moradora de Fazenda Botafogo, conjunto habitacional localizado em um bairro da Zona Norte do Rio, ela citou certa vez que não foi bem na primeira passagem pela seleção, no Sub-14, em função, entre outros fatores, de uma lesão. Se redimiu no Sub-15. Também já jogou em Seleções Brasileiras 3x3.

A ala-armadora chegou a ser sondada pela Universidade da Carolina do Norte, por onde passaram nomes relevantes da WNBA, como Jessica Breland (Chicago Sky) e Erlana Larkins (Indiana Fever). Hoje, ela sonha em seguir uma carreira como profissional, tem possibilidade ainda de jogar nos Estados Unidos e não esconde o seu principal sonho: dar uma casa para a mãe.

- Minha mãe sempre me ajudou demais para que eu continuasse treinando. Para que eu fizesse menos sacríficios para seguir treinando. Ela já tem uma casa própria dela, mas o meu sonho é dar uma casa ainda melhor para a minha mãe. Jogar bem, ter uma carreira profissional, jogar na Europa ou nos Estados Unidos, na Seleção Brasileira. Acho que esse é o sonho de toda jogadora - disse Brenda.

Evelyn Larissa também se destaca

Quem também se destacou na Conferência de forma individual foi Evelyn Larissa. A jogadora do São José apareceu em praticamente todas as estatísticas do torneio entre as melhores. Lidera a tábua de cestinhas ao lado de Brenda, com 20 pontos por jogo, teve médias de 35 minutos por partida, foi a melhor em eficiência, arremessos legítimos, convertidos, lances livres, e ficou em segunda em médias de rebotes, com 12,7 por jogo.

Com 23 anos, Evelyn passou por Seleções Brasileiras de Base, esteve em Seleções nacionais 3x3 e hoje é atleta das Forças Armadas do Brasil. Em entrevista à CBB, ela comentou das dificuldades na carreira e se emocionou.

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- Minha mãe passou por muitas situações para que eu continuasse jogando. De não ter dinheiro mesmo, para passagem, para que eu continuasse treinando. E o basquete me ajudou com tudo que eu tenho. O basquete me deu estudo, me deu uma bolsa em uma escola particular, me deu a possibilidade de me sustentar através do esporte, sendo uma atleta das Forças Armadas, então, eu sei que, se não fosse o esporte, aqui no Brasil, talvez eu não tivesse essas oportunidades - disse Evelyn.

Fotos: Diego Maranhão/CBB

 

Fonte: Assessoria CBB

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