23 de agosto de 1987. Um dia eternizado na história do basquete brasileiro. Desde então, a cada ano, relembramos a histórica e inesquecível vitória da Seleção Brasileira masculina de basquete diante dos Estados Unidos, em Indianápolis, na casa dos rivais, para conquistar o ouro nos Jogos Pan-Americanos. Um time que tinha talento de sobra. E coragem, muita coragem, para, contrariando as estatísticas, fazer os americanos serem derrotados pela primeira vez dentro da sua própria casa.

Os campeões foram: André, Gerson Victalino, Israel, Pipoka, Guerrinha, Silvio, Marcel, Maury, Oscar, Paulinho Villas Boas, Cadum e Rolando.

A campanha até o título teve os seguintes jogos:

Brasil 110 x 79 Uruguai
Brasil 100 x 99 Porto Rico
Brasil 103 x 98 Ilhas Virgens
Brasil 88 x 91 Canadá
Brasil 131 x 84 Venezuela
Brasil 137 x 116 México
Brasil 120 x 115 Estados Unidos

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CONFIRA ABAIXO CURIOSIDADES DO TÍTULO

- Ary Vidal, técnico do Brasil, deu sinal verde para que Oscar Schmidt e Marcel arremessassem à vontade. E não deu outra. Foram 10 bolas de três em 25, algo que para a época era fora da normalidade do basquete

- A derrota ajudou os EUA a mudarem sua visão para o basquete em competições internacionais com a Seleção. O revés ali, aliado à derrota em Seul 1988, fez os americanos passarem a usar seus melhores jogadores possíveis. Daí nasceu o Dream Team e a hegemonia conhecida.

- Oscar foi o grande nome daquele Pan, com 249 pontos em sete jogos. Logo após ele veio Marcel, com 187 pontos. O terceiro cestinha brasileiro no torneio foi Israel, com 78 pontos.

- O time americano, apesar de usar jogadores universitários, tinha jogadores que depois brilharam na NBA, entre eles, David Robinson, pivô que brilhou posteriormente no San Antonio Spurs. Pervis Ellison, outro americano, foi a primeira escolha no Draft de 1989, mas não fez uma carreira de brilho na NBA. Danny Manning jogou duas edições de All-Star e 15 temporadas na NBA.

- Os primeiros dois quartos terminaram com vitória americana por 68 a 54. Já os dois últimos foram vencidos pelo Brasil por 66 a 47.

- A principal diferença entre as quadras da época estava na linha de três, ainda uma grande novidade. A medida padrão da Fiba não era utilizada pela NBA, que colocava uma distância maior, nem nos campeonatos universitários americanos, nos quais ela ficava mais próxima da cesta.

- Em entrevista em 2017 para o GloboEsporte.com, Oscar Schmidt garantiu assiste ao duelo final do Pan de 1987 "todos os dias". Ele anotou 46 pontos naquela final.

Fonte: Assessoria CBB

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