Em meio aos últimos suspiros da Guerra Fria, o basquete feminino brasileiro escreveu um dos capítulos mais legais de sua história. Nos Jogos Pan-Americanos de Havana, em Cuba, em 1991, a Seleção de Janeth, Magic Paula e Hortência triunfaram e levaram a medalha de ouro diante de Cuba, na casa das rivais e sob os olhares do ditador Fidel Castro. O título completa nesta quarta-feira, 11 de agosto, 30 anos, e foi um capítulo importante de força para o que viria três anos depois, com o título da Copa do Mundo da Austrália.

A competição de basquete feminino reunia apenas cinco equipes: Argentina, Brasil, Canadá, Cuba e Estados Unidos. As americanas e Cuba eram as equipes a serem batidas. Em Indianápolis, 1987, o Brasil havia conquistado a medalha de prata. E em Havana venceu os jogos da primeira fase contra os EUA por 87 a 84 e contra Cuba, por 90 a 87. Diante do Canadá, o time triunfou por 87 a 78.

Na final, com a casa cheia, e com Fidel Castro assistindo ao duelo, o Brasil manteve a partida equilibrada no intervalo, com 44 a 44. Nas, daí em diante, passeou em cima das cubanas, para desespero de Fidel, vencendo por 97 a 76.

Na entrega das medalhas, uma das cena marcante. Fidel Castro desceu do camarote e primeiro, brincando, acusou as brasileiras de terem trapaceado ao se utilizarem de uma mira laser. Depois, fingiu se recusar a entregar as medalhas de ouro para Paula e Hortência – que simplesmente destruíram naquele Pan.

Participaram daquele torneio: Paula, Hortência, Janeth, Marta Sobral, Ruth, Nádia, Vânia, Simone, Ana Motta, Joyce, Roseli, Adriana e a técnica Maria Helena Cardoso.

Fotos: ACERVO CBB

Fonte: Assessoria CBB

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