Lance Livre #6 - Chegou a hora!


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Por Paulino Lamenha

A longa ansiedade chegou ao fim! Estamos às vésperas dos torneios pré-olímpicos que definirão as dez seleções que participarão do torneio de basquete feminino em Tóquio 2020. Americanas (atuais campeãs mundiais) e japonesas (anfitriãs) já estão garantidas.

Com a mudança de Foshan para Belgrado, a Europa passou a concentrar todas as sedes, o que possibilitará aos fãs do basquete acompanhar todos os jogos em horários bem próximos, uma vez que não haverá diferença de fuso entre as cidades que receberão os torneios. Serão ao todo 24 jogos que, na maioria deles, prometem muita emoção e equilíbrio. Duelos como Espanha x China, Bélgica x Canadá, Sérvia x EUA, França x Austrália, e o tão esperado Brasil x Porto Rico estão prestes a acontecer.


Foto: Divulgação/FIBA.jpg

Na capital servia, um dos grupos não deverá ter surpresas. As donas da casa são favoritas a juntar-se aos EUA, assim como a Nigéria (da excelente Kalu), que brigará com Moçambique pelo direito de representar a África nas Olimpíadas.

Também em Belgrado, mas em outro grupo, o clássico continental China e Coreia do Sul promete ser um jogaço. As asiáticas disputam as três vagas com Espanha e a Grã-Bretanha, que tenta voltar aos jogos depois de uma modesta participação em 2012. Pela Espanha, Marta Xargay e Laia Palau (que finalmente deve se despedir de sua seleção este ano) sentirão muita falta de Alba Torrens e da pivô Astou (ambas ainda não confirmadas no elenco espanhol), mas ainda assim são favoritas a uma das vagas. No mais, não me arriscaria em dizer qual seleção ficará de fora.


Foto: Divulgação/FIBA.jpg

Ainda mais equilibrado, teremos em Ostend aquele que considero "o torneio da morte". Jogando em casa, o time da estrela Emma Meesseman busca sua primeira aparição olímpica. Depois de uma incrível participação no Mundial de Tenerife (quando ficou em 4o lugar), as belgas terão as canadenses e a surpreendente Suécia (6o no último europeu, eliminando a Rússia) na busca de apenas duas vagas, haja visto que o Japão completa o grupo. As canadenses, que no pré-olímpico continental disputado em Edmonton suaram sangue para superar Porto Rico (84 x 80), terão um caminho bem difícil para chegar a mais uma Olimpíada.


Foto: Divulgação/FIBA.jpg

Mas o olhos brasileiros estarão focados mesmo em Bourges. Lá será o local onde nossa seleção tentará alcançar o maior objetivo desde quando o técnico José Neto assumiu. A vaga para os Jogos Olímpicos, que até um ano atrás estava a um abismo colossal, hoje está praticamente a 40 minutos (ou um jogo) de nós. Vencer as porto-riquenhas no próximo dia 6, nos coloca em excelente condição, uma vez que as caribenhas necessitariam ganhar das australianas e talvez também das francesas, o que, convenhamos, seria uma tarefa bem difícil. Nesse grupo, que classifica três seleções, as brasileiras também terão a chance de enfrentar as vice campeãs mundiais (Austrália) e vice europeias (França). Será uma excelente oportunidade para mensurar em definitivo o nível atual que nosso time está. Vale lembrar que as últimas vitórias do Brasil sobre essas seleções ocorreram em 2002, no mundial da China.

Chegou a hora pessoal! Confio que em nossa próxima coluna estaremos comentando uma ótima participação de nossa seleção no torneio e a vaga conquistada para nossa 8a Olimpíada consecutiva. SOU MAIS BRASIL!


Foto: Divulgação/FIBA.jpg

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