Homenageado pela CBB no Brasileiro, Gerson Victalino fala da luta contra a "ELA"


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Gerson Victalino é o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção brasileira. A imponente marca foi construída a base de muito suor e entrega. Sempre um guerreiro em quadra, Gerson hoje trava outra batalha, agora contra a Esclerose lateral amiotrófica, doença que afeta o sistema nervoso e enfraquece os músculos e afeta as funções físicas. Aos 60 anos, o mineiro de Belo Horizonte ganhou uma homenagem da Confederação Brasileira de Basketball.

Ele dá nome a uma das conferências do Campeonato Brasileiro Adulto masculino, que começa em 15 de março. Feliz com a homenagem, Gerson, que disputou três Olimpíadas e foi campeão Pan-Americano em 1987, diante dos Estados Unidos, falou sobre a sensação.


Foto: Arquivo Pessoal.jpg

- Me senti lisonjeado com esta homenagem. Ser escolhido dentre tantos nomes que fizeram e fazem história no nosso basquete. Quando recebi essa notícia, fiquei em êxtase, pois sei a importância de ter o nome vinculado a um evento da CBB - disse Gerson.

Antes mesmo de descobrir a doença, Gerson passou por dificuldades e foi amparado por amigos. Um deles foi Guy Peixoto, hoje presidente da Confederação Brasileira de Basketball. O ex-jogador, também da seleção, é amigo de longa data de Victalino e sempre o ajudou. Ele fez questão de agradecer.

- Falar do Guy Peixoto é muito fácil. Amigo, irmão, pai de família, gestor de qualidade e competência. O basquete deveria fazer uma estátua para ele, porque eu duvido que qualquer outra pessoa faria pelo basquete o que ele tem feito. Poucos sabem, mas ele colocou suas economias na CBB e com certeza não terá esses valores de volta. Ele, além disso, como pessoa física, sempre procurou ajudar os amigos. Eu sou prova disso, pois ele sempre me ajudou e continua ajudando. Sou grato a ele e a cada dia oro a Deus para que ele tenha saúde e paz na sua vida. Não conheço pessoa com o coração igual ao dele no esporte - contou Gerson.


Foto: Arquivo/CBB.jpg

O ex-jogador também falou sobre a doença que o acompanha. Em tratamento, Gerson não desiste.

- Passo por um problema temporário. Sei da gravidade, mas também sei que as lutas vem na nossa vida para lutarmos e mostrarmos nossas forças. Para os médicos, a cura não existe, mas não posso me apegar no que eles pensam e sim na minha certeza que há um caminho para a cura. Imagina uma coisa até tempos atrás que não tinha cura e hoje tem. Com certeza eu vou ser o primeiro desta moléstia (risos) porque tenho fé em Deus e não me entrego facilmente - contou Gerson.

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