Árbitros da final do Brasileirão receberão o Troféu Nilton Agra


icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin icone email


Os árbitros da final do Campeonato Brasileiro Adulto masculino 2021 receberão um troféu em homenagem pela conquista individual de cada um. E a honraria levará o nome de um dos principais árbitros internacionais que o Brasil já teve: Nilton Agra. Aos 93 anos, Seu Nilton é pai de Eduardo Agra, ex-jogador da Seleção Brasileira, e nas primeiras décadas de popularização do esporte, ajudou profundamente na estruturação da modalidade como árbitro, instrutor e outras funções.
 
- É com muita emoção que recebo o convite para colocar meu nome no troféu que será oferecido aos árbitros da final do Campeonato Brasileiro de Basquetebol 2021, o Brasileirão. Muito obrigado pela homenagem. Sempre digo que os árbitros são os principais personagens dentro de quadra; sem eles não haveria jogo! Parabéns a toda equipe de arbitragem desse campeonato, em especial   aos árbitros da decisão. Recebam o meu abraço - disse, emocionado, o Seu Nilton Agra.
 
A história de Nilton Agra

Nilton conheceu o basquete em 1941, nas aulas de educação física do Ginásio Pernambucano. De lá, foi atuar no Sport Recife, onde ficou até 1957. Se destacou e tornou-se jogador da seleção pernambucana nos Brasileiros de 1951, no Recife, e 1953, em Belo Horizonte. No mesmo ano de 1951, ele foi campeão do "Ano Santo" pelo SCR diante do Náutico.

O começo na arbitragem foi em 1954, quando Nilton Agra participou do campeonato juvenil em Fortaleza. Ele conta que imitava os gestos e até a corrida de Renato Righetto, árbitro de São Paulo: "Fazia como suas corridas e deslocamentos. Fui considerado o melhor árbitro do torneio", se recorda, lembrando também que o Jornal dos Sports, do Rio de Janeiro, o chamava de "Righetto de Pernambuco".

No ano de 1959, Seu Nilton foi convidado para fazer um teste internacional no Sul-Americano, em Cúcuta, na Colômbia. Acabou aprovado. Seu companheiro foi Hélio Louzada, do Rio de Janeiro: "A partir dali fui estudando e melhorando minha própria técnica e crescendo como árbitro e professor".

Em 1961, Nilton Agra participou de um momento importantíssimo do esporte. Ele foi convidado por Ivan Raposo, então vice-presidente da CBB, para participar da Reunião da Comissão Técnica da FIBA, em Obertraun, na Áustria. Depois, foi para Munique, na Alemanha, na então sede da FIBA. Ali, em 26 de janeiro de 1961, as novas regras do basquete foram estabelecidas.

Nilton passou então a viajar o país para explicar as novas regras. Deu um curso em Franca, São Paulo, para 35 árbitros, durante 12 dias: "Todos precisavam ter conhecimento das modificações". Naquele mesmo período, Franca recebeu o Brasileiro adulto com todos os árbitros testando seus conhecimentos. 

Por 15 anos, Agra foi o diretor dos Cursos de Padronização de Arbitragem criados pela Confederação Brasileira de Basketball. Como árbitro, esteve em cinco Mundiais, três Sul-Americanos, um Centro-Americano e dois Jogos Pan-Americanos, além de dois Nacionais na Venezuela.

« Voltar