Brasileira Andreia Silva é a primeira árbitra mulher na Copa Intercontinental


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Neste sábado, às 18h de Brasília, a Copa Intercontinental masculino será decidida entre Quimsa e San Pablo Burgos. Mas é o basquete feminino quem também fará história. A árbitra brasileira Andreia Silva será a primeira a fazer parte da equipe de árbitros da decisão do "Mundial FIBA", um avanço importante para a modalidade, para o gênero feminino e para o esporte no geral. Andreia será a 4ª árbitra da decisão e não escondeu a felicidade por isso.

Em 2018, Andreia tirou a licença black da FIBA, que lhe deu o direito de arbitrar qualquer partida no mundo organizada pela Federação Internacional de Basquete. A ascensão de Andreia é medida também pelo número de mulheres na série de ações da CBB nos últimos anos, junto às Federações Estaduais, como Acampamentos apenas para mulheres, Cursos Internacionais e oficinas para aprimorar a parte técnica e do jogo para as árbitras. O número de mulheres na arbitragem cresceu.

- Temos árbitros muito importantes na decisão, de currículos pesados. Estou muito contente por fazer parte desta equipe, por ter sido escolhida pela FIBA Mundo, isso sinaliza que estão gostando do meu trabalho, que estou evoluindo. Estou no caminho certo. É bom para me motivar para seguir no caminho certo. Que motive outras mulheres, ninguém é eterno. Que essa nova geração venha também com a mesma vontade e determinação que eu tenho, para que possamos conquistar muito ainda para a arbitragem brasileira - disse Andreia Silva.

Andreia começou na arbitragem ainda em 2003. Fez diversas finais do Brasileirão feminino e de torneios estaduais até 2009, quando começou a aparecer também em partidas masculinas, como da Liga Nacional de Basquete. Em 2011, foi eleita árbitra revelação e participou da semifinal do NBB. Em 2013, esteve na Copa América masculina adulta, na Venezuela, já como árbitra internacional.

Daí em diante, só cresceu, participando de Sul-Americanos, Mundiais de base, Mundiais Universitários, da final do Mundial adulto feminino, na Espanha, em 2019, além do Pan de Lima e também da Champions League masculina e do Pré-Olímpico Mundial feminino na Bélgica, em 2020. Este ano, está também na Champions League Américas masculina.

- Estou muito contente com o que vem acontecendo. É para eu continuar focada e motivada. E com esperança que outras mulheres possam ter a mesma ou até mais motivação que eu - finaliza Andreia.

Trabalho da CBB

Nos últimos anos, ao lado das Federações Estaduais, a CBB tem investido muito em arbitragem. A ascensão de Andreia tem ajudado no crescimento do número de mulheres em ações da CBB como Acampamentos exclusivos para mulheres, Cursos Internacionais e oficinas para aprimorar a parte técnica e do jogo para os árbitros. Quem explica melhor é Vander Lobosco Jr, Diretor de Arbitragem na Confederação Brasileira de Basketball.

- Já fizemos dois acampamentos nacionais apenas para mulheres na CBB, durante dois anos seguidos. Em 2020 não fizemos por conta da pandemia. Hoje, temos três mulheres indicadas à Comissárias da FIBA. Trabalhamos incentivando as árbitras mulheres. Andreia foi a árbitra principal do primeiro trio só de mulheres, no Campeonato Brasileiro Adulto, de 2019, um avanço que tivemos. E depois foi árbitra principal do Final Four, em Ponta Grossa. Isso se deve ao destaque as mulheres estão tendo na CBB e na FIBA. Assim, crescemos o número de mulheres também na Liga Nacional de Basquete e na Liga de Basquete Feminino. Teremos, inclusive, mais uma árbitra internacional brasileira. Elas entram no jogo pela qualidade técnica. Nos acampamentos, temos visto que a qualidade delas têm crescido bastante. A escala é feita pela qualidade técnica. Temos, hoje, um programa específico para mulheres, que é gerenciado pela Daniela Costa, instrutora de desenvolvimento feminino. Fizemos parcerias internacionais, atividades com Argentina, Equador. Acampamentos virtuais. E assim, tivemos instrutoras e árbitras internacionais, passando sua experiência.

Fonte: Assessoria CBB

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