Ansiedade toma conta do novato Yago e do veterano Anderson Varejão antes da estreia


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Armador Yago vem se destacando nos treinamentos da Seleção Brasileira.jpg

As realidades de Anderson Varejão e Yago são muito diferentes. Enquanto o primeiro é um dos jogadores do atual elenco que mais vestiu a camisa do Brasil em jogos oficiais e tem mais de dez anos de experiência na NBA, tendo inclusive conquistado um anel pelo Golden State Warriors, na última temporada, o segundo tem apenas 18 anos, defende o Paulistano e fará sua estreia pela seleção brasileira nesta sexta-feira, na primeira partida da equipe comandada pelo também estreante Aleksandar Petrovic nas eliminatórias da Copa do Mundo da China.

O único ponto em comum entre eles quando pisarem a quadra do ginásio Monumental Maria Gallardo para enfrentarem o Chile, às 22h, (horário de Brasilia), será a ansiedade. Embora o novato armador e o experiente pivô da seleção brasileira vivam em mundos completamente opostos, ambos admitem um certo friozinho na barriga.

Yago por uma razão mais do que normal. Vive sua primeira experiência com a camisa do Brasil, é o atleta mais jovem do elenco convocado pelo croata Petrovic e reconhece que tudo tem acontecido muito rápido na sua carreira.

- Agora que está ficando mais perto da estreia que a ficha está começando a cair que estou aqui e que tenho chances de jogar, O frio na barriga está aumentando cada vez mais, mas quando estiver mais perto da hora do jogo isso vai passar um pouco e faz parte da concentração para focar e ir bem no jogo - reconheceu o novato da seleção de apenas 1,76m

Mesmo à vontade ao lado de ídolos como Alex Garcia e Anderson Varejão, o caçula da seleção e um dos destaques do Paulistano na conquista do Campeonato Paulista muitas vezes ainda se pega "sonhando" que tudo isso realmente está acontecendo.

- Nesses últimos dias, na viagem e até hoje mesmo eu tentei dormir e não consegui. Passou pela minha cabeça tudo que vivi, minha família, tudo que sofri para chegar até aqui e essas lembranças são o que valem. Agora é focar na partida, não tem jogo fácil, nós é que podemos tornar o jogo fácil. São equipes bem treinadas e a qualquer momento o jogo pode se igualar e complicar para nós.

Já os motivos do veterano Anderson são por uma circunstância pessoal e dolorosa. Viu sua participação nas Olimpíadas do Rio de Janeiro escapar pelas mãos no estouro do cronômetro por conta de uma contusão nas costas.

Com sua ausência nos Jogos de 2016, lá se vão mais de três anos sem defender a seleção brasileira. Sua última partida foi na eliminação do Brasil para a Sérvia no Mundial da Espanha, dia 10 de setembro de 2014.

- É uma sensação diferente, dá aquele frio na barriga depois de tanto tempo sem jogar e estou até um pouco ansioso. Mas é normal. O importante é que eu venho fazendo um trabalho individual há bastante tempo, focado no meu corpo, tentando melhorar fisicamente, zerei de tudo e fiz um trabalho muito bom para o meu tendão de aquiles que rompi. Estou preparado, agora só falta ritmo e isso só se pega jogando mesmo - afirmou o pivô da seleção que não joga uma partida oficial desde o dia 2 de fevereiro, quando ainda atuava pelos Warriors. A moral de Varejão com o novo comandante do baquete brasileiro é tão grande que o pivô de 35 anos foi escolhido pelo treinador croata como o novo capitão da seleção. Apesar da larga experiência e de toda sua vivência no esporte, o jogador que só deve definir seu destino para essa temporada após os jogos contra o Chile e a Venezuela ficou feliz e agradeceu a confiança do chefe.

- Achei bacana essa confiança que ele me deu, é claro que não muda muito a maneira como vou me preparar para os jogos, pois sempre fui um cara que me doei 100% pela seleção, mas acho que com a minha experiência de NBA e da própria seleção brasileira posso passar um pouco dessa bagagem em determinados momentos para os mais jovens.

Sobre a suposta superioridade do Brasil na estreia desta noite, Anderson foi econômico na resposta.

- Entendemos e sabemos que somos superiores que o Chile, mas temos que respeitar todo mundo dentro de quadra, fazer o nosso jogo e buscar a vitória.

O também estreante Aleksandar Petrovic concorda com seu capitão. Precavido, o treinador croata vai além e garante que o Brasil tem que entrar forte desde o início para não deixar que os anfitriões ganhem confiança e gostem do jogo.

- Na teoria sabemos que somos favoritos, mas respeitamos todos os nossos adversários e vamos encarar o Chile como se fosse a Argentina do outro lado, Se não começarmos jogando forte e concentrados desde o início é uma partida que pode se tornar perigosa - alertou Petrovic.

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