Alex minimiza desfalques da Venezuela, elogia trabalho de Petrovic e aposta numa seleção mais forte com Varejão


icone facebook icone twitter icone whatsapp icone telegram icone linkedin icone email



.jpg

Um dos três remanescentes da seleção brasileira que disputou as Olimpíadas do Rio convocados pelo técnico Aleksandar Petrovic para os dois primeiros jogos das classificatórias da Copa do Mundo da China, Alex Garcia aposta numa vitória contra a Venezuela, nesta segunda-feira, às 20h30, na mesma Arena Carioca 1 em que os Jogos de 2016 foram disputados, para enterrar de vez o passado e arrancar rumo a uma vaga na Copa do Mundo de 2019. O Brasil estreou na competição vencendo o Chile por 86 a 73, sexta-feira, em Osorno.

Com quatro Campeonatos Mundiais nas costas, , com é conhecido o camisa 10 do Brasil, sabe que só tem uma maneira de a seleção recuperar a credibilidade e o prestígio diante da torcida brasileira após a decepcionante campanha nos Jogos do Rio.

- É gostoso jogar uma partida oficial no Brasil novamente. Esperamos que o torcedor compareça para que possamos fazer nosso melhor dentro de quadra e vencer. É assim que vamos conquistar a confiança dos torcedores e recuperar a credibilidade do nosso torcedor. Temos que jogar bem, marcar muito e no ataque fazer o que fizemos contra o Chile, distribuir bem a bola e quem estiver melhor decidir - afirmou.

Aos 37 anos, Alex já viveu de tudo no basquete e por isso não acredita que as ausências dos experientes Gregory Vargas, do Montakit Fuenlabrada (ESP), David Cubilán (Flamengo), e Miguel Ruiz, do Libertad Sunchalez (ARG), irão facilitar a tarefa da seleção brasileira.

- Acho que essas ausências não mudam muita coisa. A Venezuela joga do mesmo jeito há muito tempo e vem crescendo demais nos últimos campeonatos que tem disputado. Estão jogando bem e fazendo jogo duro com todo mundo. Mas a obrigação é nossa. Jogando em casa, temos que impor nosso ritmo de jogo e fazer as coisas acontecerem do nosso jeito para vencer a partida.

A razão da ausência do trio de "estrangeiros" venezuelanos é a crise econômica e política que vive o país. Em uma nota oficial emitida na semana passada, a federação local admitiu que o ministério do esporte venezuelano, responsável por comprar as passagens desses jogadores, não pôde fazê-lo.

Companheiro de muito tempo de Anderson Varejão, Alex elogiou o comprometimento do amigo e afirma que o Brasil será muito mais forte e respeitado com o retorno do pivô de 2,11m.

- O Varejão é um guerreiro. Nós sabemos de todas as dificuldades que ele teve para estar nessa convocação, por todas as lesões, por tudo que ele passou e que o deixou muito tempo sem jogar. Mas ele voltou bem, disposto e voltou a ser o Varejão que nós conhecemos, com disposição total e se doando 100% para a equipe. Nós ganhamos muito com isso. É um cara que tem presença dentro de quadra, que tem o respeito dos adversários e isso pesa demais a nosso favor. Estamos felizes com a volta dele porque é uma referência dentro de quadra - disse o , que também enalteceu a chegada do treinador croata.

- O Petrovic é mais solto, tem mais jogo de cintura que o Rubén, é mais flexível em muitas coisas, mas quando chega dentro de quadra cobra duro, quer as coisas do jeito dele e nós procuramos fazer. É lógico que nesse primeiro contato ainda vimos muito pouco, tivemos só quatro, cinco dias de treinos, mas já pegamos alguma coisa do que ele gosta. O Rubén gostava muito que a gente tirasse a linha do passe e ele não, ele gosta que a gente feche o garrafão mesmo e se for dar alguma bola é o arremesso de fora. Mas é legal, gostei muito dele, tem uma filosofia muito boa para nós jogadores e agora temos que trabalhar. Só durante as janelas com a seleção que vamos assimilar mesmo a filosofia de trabalho dele – disse Alex.

Petrovic agradou tanto aos jogadores da seleção que nem a bronca do novo chefe pela queda de rendimento nos últimos oito minutos da vitória contra o Chile, quando a equipe permitiu que a diferença de 21 pontos caísse para apenas 10, incomodou o grupo.

- Não podemos dar a bobeada que demos no Chile, ele tem total razão de não ter gostado. Temos que jogar duro do primeiro ao último minuto, não podemos menosprezar ninguém. A cobrança deve existir e quem estiver em quadra tem que se doar 100% e fazer o melhor, independentemente do adversário e de quanto esteja o jogo. Só assim que vamos ganhar condição de enfrentar uma equipe europeia e chegar no nível das melhores seleções do mundo.

« Voltar