CBB participa de encontro com empresas patrocinadoras do esporte olímpico brasileiro


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Crédito da foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados.jpg

O basquete brasileiro teve um encontro na última quarta-feira fora das quadras e ginásios. O Vice-Presidente da Confederação Brasileira de Basketball (CBB), Manoel Castro, o Secretário-Geral Carlos Fontenelle e o Diretor de Operações Ricardo Trade participaram de uma audiência pública realizada pela Comissão de Esportes da Câmara dos Deputados, em Brasília, na companhia de dois dos maiores ídolos do esporte: Oscar e Marcel. Durante a audiência, as empresas estatais fizeram apresentações individuais sobre seus programas de patrocínio esportivo.

A CBB e a CBTri foram as duas primeiras confederações nacionais a serem convidadas para o encontro, que reuniu representantes da Petrobras, Eletrobrás, Caixa Econômica Federal, Correios e BNDES, todas grandes patrocinadoras do esporte olímpico brasileiro. Sem patrocínio de uma das gigantes do país desde que a Eletrobrás rompeu o contrato com a gestão anterior, que deixou um rombo na Confederação e nenhuma receita, a CBB pôde ouvir quais os critérios e as condições que as empresas adotam no apoio ao esporte.

Ricardo Trade apresentou os planos e problemas da CBB, Marcel cobrou mais proximidade das empresas e, como sempre fez na quadra, o craque Oscar se destacou. Defendeu e atacou. Inconformado com a situação financeira de uma das modalidades mais populares do país, o craque cobrou ajuda, listou esportes que entregam muito menos visibilidade para as empresas, mas que estão entre seus patrocinados, e até passou um pito no Banco do Brasil, que em sua apresentação esqueceu de incluir o basquete entre os esportes que patrocinou ao longo dos anos: "O Banco do Brasil foi campeão Pan-Americano em Indianápolis com o Basquete. Uma conquista histórica que acabou de completar 30 anos. Pena que esqueceram", lamentou Oscar.

O encontro também serviu para que a CBB esclarecesse alguns tópicos que ainda causam equívocos. O Diretor de Marketing da Caixa Econômica Federal, Gerson Bordignon, lembrou que chegou a assinar uma carta de intenção com a CBB, mas o projeto não avançou pela suspensão imposta à Confederação pela FIBA. "A CEF, inclusive, nos ajudou muito com essa carta. Conseguimos que a FIBA tirasse a suspensão e nos deixasse voltar a jogar", relatou Carlos Fontenele, que ressaltou, porém, que as certidões necessárias para qualquer tipo de patrocínio estatal, assim como liberação de verbas do COB, estiveram válidas por um ano, deixando de valer apenas em abril de 2018, mas, já com data marcada para nova expedição: 12 de junho.

A audiência pública com a participação da CBB foi motivo de comentário no Blog Olhar Olímpico, no Portal UOL, que, infelizmente, distorceu fatos, dizendo que durante a negociação com a CEF teria pairado a suspeita sobre uma possível sugestão da CBB de que o contrato de patrocínio se desse através de um intermediário. Uma informação que falta com a verdade. A CBB, inclusive, exigiu que o blog se retrate, já que o assunto foi levantado pelo deputado Alexandre Valle, dizendo exatamente o inverso, que rumores davam conta de que a CBB encerrou as negociações por se recusar a pagar 20% de comissão para a agência. O Vice-Presidente Manoel Castro, no entanto, negou que em qualquer momento tenha ouvido uma proposta parecida da CEF.

"Que a situação financeira da CBB é difícil não é novidade. Estamos seguindo em frente com muita luta. Mas é inadmissível que paire qualquer dúvida sobre nossa lisura e comportamento. Entrei no esporte e no basquete porque não admitia ver pessoas se beneficiando de situações que só empurravam o basquete ladeira abaixo. Isso na minha administração não existe hoje e não vai existir nunca. Precisamos de patrocínio, estamos trabalhando para entregar um bom produto a futuros parceiros, mas isso não nos moverá um milímetro dos nosso valores", rebateu o Presidente Guy Peixoto Jr.

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