Por Paulino Lamenha

Na última semana de março acabou o suspense que durava meses; finalmente a FIBA anunciou o país onde será realizada a próxima Copa do Mundo feminina de basquete, em 2022. Após uma disputa com a Rússia e Canadá, a Austrália volta a receber o campeonato, 28 anos depois. Sim, a mesma Austrália que tantas alegrias já nos trouxe, pois foi na terra dos cangurus onde conquistamos o inesquecível titulo mundial em 1994, e nosso último pódio olímpico, em 2000.

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Em nota, a entidade máxima do basquete reafirmou apenas 12 seleções no torneio. Porém, há uma forte corrente de bastidores indicando que esse número seja revisto para o torneio de 2026. A própria presidente da FIBA Américas Carol Callan, em entrevista a mim durante a Americup em Porto Rico, prometeu batalhar para reverter essa situação.

Assim como aconteceu em Tenerife 2018, apenas dois ginásios receberão os jogos em 2022, ambos no parque olímpico de Sydney. Em 1994, quatro cidades foram sedes: Sydney, Adelaide, Hobart e Launceston (Tasmânia), onde a seleção brasileira jogou a 1a fase.

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O caminho do Brasil ao mundial iniciará já no campeonato sul-americano em Cali (reagendado para agosto), que classificará quatro seleções para a Americup 2021. A partir daí, oito países disputarão dois pré-mundiais continentais, avançando quatro ao pré-mundial global, que definirá as 12 seleções classificadas. Lembrando que Austrália (sede) e o campeão olímpico de Tóquio já terão vagas garantidas. Caso as australianas conquistem o ouro nas olimpíadas, apenas elas estarão garantidas para 2022.

Falando em olimpíadas, recentemente também ficou definido o adiamento dos jogos para julho e agosto de 2021. A pandemia do coronavirus talvez afete também o torneio pré-olímpico 5x5 masculino, agendado para junho deste ano. Sobre esse assunto, a FIBA ainda aguarda para se pronunciar.

Por aqui, a LBF continua suspensa, mas ainda mantida. O mesmo não podemos falar sobre a liga argentina feminina, que no último dia 02 de abril anunciou o cancelamento da temporada deste ano. A liga sul-americana de clubes também teve seu cancelamento confirmado pela Consubasquet.

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O mundo esportivo está desnorteado. Pouco a pouco, torneios e campeonatos de todas as modalidades, vem sendo adiados ou cancelados. As federações quebram a cabeça reorganizando calendários, mas sem muitas certezas, pois a pandemia não tem prazo para acabar. Seria maravilhoso que, assim como numa partida de basquete, tudo isso durasse apenas quatro quartos, e que já estivéssemos nos segundos finais, mas sem direito a "over time".

Tenhamos fé, e nos cuidemos. Esse jogo vai terminar, e a vitória será nossa: da humanidade!

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