Recuperado de lesão, Alex reforça a Seleção Brasileira na "decisão" contra Ilhas Virgens


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Foto: Giovanni Kleinübing .jpg

A uma vitória da vaga na Copa do Mundo de basquete, que será realizada de 31 de agosto a 17 de setembro na China, a Seleção Brasileira masculina ganhou um reforço de peso para os dois últimos confrontos da fase classificatória. Com quatro mundiais e duas Olimpíadas no currículo, Alex Garcia está de volta. Fora das quatro últimas janelas por conta de uma grave lesão no cruzado anterior do joelho direito, o ala do Bauru foi a principal novidade na lista dos 12 convocados pelo técnico Aleksandar Petrovic para os jogos contra Ilhas Virgens, nesta quinta-feira (21), em St. Thomas, e República Dominicana, na próxima segunda (25), em Santo Domingo.

Cem por cento recuperado da lesão que o deixou fora das quadras por cerca de oito meses, Alex não esconde a alegria de poder voltar a representar seu país em um momento tão importante para o basquete brasileiro. Pronto para mais uma "decisão" com a camisa da Seleção, mesmo diante de um adversário que conquistou apenas duas vitórias em dez partidas e que ocupa a lanterna do Grupo F da classificatória das Américas, o ala do Bauru espera um jogo complicado contra os donos da casa, nesta quinta-feira, às 20h (horário de Brasília), no ginásio da Universidade das Ilhas viagens, em St. Thomas.

- Estou muito feliz pela minha volta depois de ter participado apenas da primeira janela. Infelizmente tive a lesão que me tirou das quadras por muito tempo, mas agora é só dar sequência e classificar o Brasil para mais um Mundial nessas duas próximas partidas. Eu vim na viagem assistindo ao jogo deles contra a Venezuela junto com o Cesinha, nosso assistente, e é um time perigoso. Eles não têm um padrão de jogo definido, quem pega a bola decide, e é um chute que você não entende o motivo, e na defesa é muita marcação zona. Por um lado isso é bom para nós, já que temos bons arremessadores, mas para os jogadores com características de corte e infiltração acaba atrapalhando um pouco. É o típico jogo complicado porque você não sabe o que esperar do adversário. Por isso não podemos nos acomodar em relação a saldo ou qualquer outra vantagem, temos que entrar focados, fazer nosso jogo e não deixar nossa classificação escapar - afirmou Alex.

Apelidado de Brabo pelos companheiros por seu jeito aguerrido dentro de quadra, Alex não se destaca apenas durante os jogos. Com passagens pelo basquete europeu e da NBA, o jogador do Bauru é um dos líderes do elenco ao lado de Leandrinho e Anderson Varejão. Talvez por isso o técnico Petrovic comemorou tanto o retorno de seu camisa 10.

- Alex esteve apenas na primeira janela e jogou em grande nível, principalmente na vitória fora de casa contra o Chile. É um jogador muito rodado e uma referência para nossa Seleção, dentro e fora de quadra. Ele tem garra, experiência e sabe como jogar em nível internacional. Temos apenas que ver como ele vai estar, pois ficou muito tempo parado e pouco a pouco vai adquirindo seu melhor ritmo de jogo - elogiou o treinador, que também pediu atenção redobrada com o adversário desta quinta.

- É um partida diferente das demais porque vamos enfrentar uma equipe que vai defender os 40 minutos de zona, seja uma zona 2/3 clássica ou um matchup zona, e em nenhuma outra partida dessa classificatória enfrentamos um rival assim. Devido aos problemas que tivemos teremos pouco tempo para trabalhar o grupo completo. Apenas dois ou três treinos para esse primeiro jogo. A situação para a partida contra a República Dominicana vai melhorar, mas temos que trabalhar pensando nesses primeiros 40 minutos contra as Ilhas Virgens que serão os mais importantes.

A caminho de seu quinto Mundial, o ala de 38 anos segue esbanjando vitalidade e uma força física de causar inveja a muito garoto. Embora ainda não pense em aposentadoria, Alex apoia o trabalho da Confederação Brasileira de Basketball (CBB) e vê com bons olhos a renovação que vem sendo feita pela modalidade no país.

Dono de uma personalidade forte, Alex, no entanto, só se posiciona contrário a algumas opiniões colhidas das redes sociais de que a mudança deveria ser de uma maneira mais radical.

- Eu vejo um futuro promissor no Mundial e no cenário do basquete brasileiro de uma maneira geral, mas acabamos lendo nas redes sociais algumas pessoas pedindo uma renovação e sugerindo que deveriam ir vários jogadores nos lugares dos mais experientes. Essa renovação é importante, mas não pode ser total, tem que ser mesclada com a experiência dos mais velhos. Nós passamos muita confiança para os mais jovens, sabendo sempre que a responsabilidade é nossa, e isso acaba dando a eles uma tranquilidade maior para que adquiram uma bagagem internacional e futuramente liderem a Seleção - analisou o ala, que mais uma vez elogiou o novo formato de disputa da classificatória para a Copa do Mundo.

- Eu gostei muito desse formato, pois acaba trazendo mais jogos para dentro do nosso país e nos aproxima do nosso torcedor. Por muito tempo os brasileiros só assistiram a Seleção jogar em casa partidas amistosas e de pouca importância.

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