Mesmo com a vaga na Copa do Mundo assegurada, Petrovic encara confronto contra República Dominicana como um teste importante


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Foto: Divulgação/CBB.jpg

Se na teoria a partida desta segunda-feira (25), contra a República Dominicana, às 21h30 (horário de Brasília), no Palacio de los Desportes, em Santo Domingo, não vale praticamente nada em termos de classificação, na prática o último compromisso do Brasil pelas classificatórias para a Copa do Mundo masculina de basquete vale muito. Pelo menos para Aleksandar Petrovic. Mesmo com a vaga garantida na China, o técnico da Seleção Brasileira quer ver como seus jogadores irão se comportar num ambiente bem diferente do da última quinta-feira, quando a Seleção bateu as Ilhas Virgens por 104 a 80 diante de pouco mais de 200 pessoas.

- Já estamos classificados, mas essa partida contra a República Dominicana tem um valor imenso porque vou poder observar como os jogadores vão reagir a um ambiente hostil e com muita pressão. Para mim será um jogo precioso e um teste muito importante que também poderá me ajudar a acabar com alguma dúvida que eu ainda possa ter - afirmou Petrovic.

Mas não é só o treinador da Seleção que está encarando o confronto contra os dominicanos como um teste importante. Estreante do grupo que está em Santo Domingo, Alexey não esconde que foi pego de surpresa com a convocação. Aos 23 anos, o armador de Franca tinha apenas treinado com o time adulto e disputado alguns amistosos.

- Para uma competição oficial foi a primeira vez. Fiquei muito feliz pela convocação, fui pego um pouco de surpresa quando vieram falar comigo, não esperava, mas trabalhei muito para isso e estou muito feliz de estar aqui. É uma emoção diferente, uma coisa única essa estreia, primeiro jogo oficial pela Seleção, mesmo sendo poucos minutos, é uma realização de um sonho - lembrou Alexey, que jogou pouco menos de quatro minutos contra as Ilhas Virgens.

Com Marcelinho Huertas, Raulzinho, Yago e Rafa Luz entre seus concorrentes por uma das três vagas de armador no grupo que irá à China, Alexey reconhece que sua tarefa não é das mais fáceis. Principalmente levando em consideração que ele foi o último a ser testado por Petrovic.

- Eu sempre via de longe caras como Varejão, Leandrinho, Alex e Marquinhos jogando pela Seleção, torcia muito por eles e estar ao lado deles na Seleção agora é uma coisa que nunca imaginei, mas que está acontecendo. Estou muito feliz e tentando aproveitar essa oportunidade da melhor forma possível. Viver cada momento do treinamento e dos jogos e dar meu máximo para buscar uma vaga. Sei que é muito difícil, complicado, são vários jogadores na minha posição, muita gente de qualidade, mas a esperança é a última que morre - disse o armador.

Mesmo que não esteja na lista dos 12 jogadores que representarão o Brasil na China, Alexey é um dos nomes certos ao lado de Yago e Didi que irão liderar a próxima geração do basquete brasileiro. Impressionado com o desempenho do jogador francano nos treinamentos, Petrovic destacou a quantidade de talentos na sua posição no país e citou a marcação como sua principal característica.

- Não diria que ele me surpreendeu positivamente por conta do jogo, até porque ele só esteve em quadra pouco mais de três minutos, mas nos treinos ele tem demonstrado muita qualidade. Defensivamente é quase perfeito, e no ataque mostrou que é capaz de entrar na defesa adversária em qualquer momento. É um jogador muito interessante e precisamos ver qual o nível internacional que ele poderá atingir - elogiou Petrovic.

Fã de Marcelinho Huertas e Valtinho, o armador nascido em Franca também é só elogios ao treinador croata. Impressionado com o entendimento sobre o basquete que Petrovic tem demonstrado durante os treinos, Alexey enxerga algumas características diferentes no treinador da Seleção em relação aos brasileiros.

Ciente de que essa será sua última oportunidade de impressionar o chefe, Alexey espera que essa sintonia possa ser aplicada por mais tempo na partida contra a República Dominicana. Assim como pensa o treinador, o fato de o jogo não valer muita coisa em termos de classificação pouco importa para o camisa 4 da Seleção.

- Claro que espero ter mais minutos. Mesmo não valendo nada, jogar pela Seleção é sempre uma responsabilidade muita grande, é importante mostrar um bom desempenho. Se eu puder ter mais oportunidade dessa vez vou ficar muito feliz - disse o jogador, que destacou o processo de renovação na Seleção Brasileira.

- Com certeza essa mescla de jogadores mais velhos e experientes passando essa bagagem aos mais novos e dividindo a responsabilidade é importantíssima. Claro que tem que existir a renovação porque esses caras não estarão aqui para sempre, mas acho que isso não pode ser feito de uma vez só. Tem que acontecer naturalmente, aos poucos, até para que eles possam segurar um pouco a ansiedade dos mais jovens em determinados momentos.


Foto: Divulgação/CBB.jpg

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